Greve de trabalhadores do ManpowerGroup (Seia) com menor adesão que a anterior

Segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente – Centro Norte (SITE-CN).

A greve de 24 horas dos trabalhadores do ManpowerGroup Solutions, no Centro de Contacto da EDP, em Seia, regista uma adesão menor que a anterior, realizada em maio, disse ontem à agência Lusa fonte sindical.

“Não há dados exatos, porque já há trabalhadores de férias, mas a greve é superior a 50%. Afetou mais a área do mercado regulado em que a adesão atinge à volta dos 90%. No mercado livre é que se situará na casa dos 50%, mas também é [neste setor que se encontra] a maioria dos trabalhadores”, disse à agência Lusa o sindicalista António Coelho.

Segundo o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente – Centro Norte (SITE-CN), na área do mercado regulado do Centro de Contacto da EDP, em Seia, estão cerca de 150 trabalhadores e no setor do mercado livre perto de 350.

António Coelho considera que a adesão à greve de 24 horas “está dentro daquilo que estava em perspetiva”, para o SITE-CN, considerando que a greve anterior foi realizada “mais próximo da negociação do caderno reivindicativo”.
“Tínhamos plena consciência que em termos de adesão a greve iria ser inferior à da outra vez, mesmo assim foi bom, marcou-se posição de desagrado e, nesse aspeto, o objetivo foi plenamente cumprido”, declarou.

Com a greve, os trabalhadores do ManpowerGroup Solutions a prestar serviço no Centro de Contacto da EDP, em Seia, no distrito da Guarda, lutam “pela melhoria dos salários e das condições de vida”.

Os trabalhadores reivindicam “melhores aumentos salariais” do que aqueles que são propostos pela direção da empresa em negociação com a estrutura sindical do SITE-CN.

“Os trabalhadores continuam a considerar que os aumentos deveriam variar [para salários] entre os 603 e os 635 euros e aquilo que a empresa propõe é [um] salário de entrada de 580 euros, que é o salário mínimo, e depois um salário mais elevado, já no último escalão, de 625 euros”, explicou o dirigente sindical.

No entanto, António Coelho esclarece que este ano a empresa “voltou a repor uma situação que era reivindicada, que era a incursão de um escalão de dois em dois anos, enquanto no ano passado o primeiro escalão tinha quatro anos” e, por proposta do sindicato, criou “um novo escalão, que é o sexto”.

“Isto também são aspetos positivos, que temos que valorizar e não deixam de ser também importantes”, rematou.


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