Governo estima que exportações tenham crescido 3% em 2014

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Ministro da Economia afirmou ontem que, excluindo o desempenho negativo dos combustíveis, as exportações teriam superado os 5%.

O ministro da Economia afirmou ontem que as estimativas indicam que as exportações portuguesas de bens e de serviços tenham crescido 3% em 2014 e, excluindo o desempenho negativo dos combustíveis, estas teriam superado os 5%.

As previsões do Governo para 2014 apontavam para um crescimento das exportações de 3,7% para o total do ano.

“O crescimento das nossas exportações em 2014 teriam superado os 5% não fora o desempenho negativo do setor específico dos combustíveis”, disse António Pires de Lima na conferência de imprensa após a reunião do órgão consultivo Conselho da Indústria, que decorreu no Ministério da Economia e foi presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

“As exportações em 2014 terão crescido cerca de 3%, somando bens e serviços, com um decréscimo do setor dos combustíveis próximo dos 30%”, acrescentou o governante, dizendo não ter ainda os dados finais, apenas estimativas.

O governante lembrou que há cinco anos as exportações de bens e serviços valiam 50 mil milhões de euros e aproximaram-se dos 70 mil milhões de euros no ano passado, “com ganhos de mercado em quase todos os setores que constituem o núcleo duro” das vendas ao exterior portuguesas, “com exceção dos combustíveis”.

Sobre as metas para as exportações este ano, Pires de Lima disse que o Governo mantém a previsão de crescimento de quase 5%.

Na proposta orçamental para este ano, o Governo antecipa que as exportações cresçam 4,7% e que as importações subam 4,4%.

“Até ao momento não vemos motivos fortes para alterar”, salientou o ministro.

Sobre o Conselho da Indústria, o ministro lembrou que “nos últimos 18 meses” o órgão consultivo já se reuniu três vezes.

Pires de Lima destacou ainda as 10 medidas, que classificou de “núcleo duro”, que “são objetivamente uma ajuda forte à capitalização das empresas portuguesas, nomeadamente as Pequenas e Médias Empresas [PME]”.

Entre elas apontou a execução do acordo de parceria que aloca mais de 9.500 milhões de euros nos eixos da competitividade e internacionalização das PME, a reforma do IRC, o novo Código Fiscal do Investimento ou a Instituição Financeira do Desenvolvimento (IFD), mais conhecida como banco de fomento e a qual, “além da gestão dos fundos comunitários, atuará como catalisador das soluções privadas de capitalização no mercado de capitais”.

As linhas ligadas ao empreendedorismo (‘business angels’), a reorganização do sistema judicial e o novo código civil de procedimentos, as medidas de desburocratização, o regime fiscal de fundos de investimento e outros organismos de investimento coletivo ou ainda o Sistema da Indústria Responsável foram outras das medidas destacadas pelo governante.

 


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