A unidade de produção de ovos em modo biológico surge no seguimento da estratégia empresarial da Quinta da Caramuja, em Gouveia, que dispõe de uma unidade de turismo em Espaço Rural e que produz bovinos de raça Marinhôa e tem também olival, em modo de produção biológico.
“Todos os nossos investimentos e atividades privilegiam o respeito pela natureza e biodiversidade”, disse hoje à agência Lusa Paulo Mota, gerente da empresa Quinta da Caramuja, Lda., que também é o secretário-geral da ANAPO – Associação Nacional dos Avicultores Produtores de Ovos.
A nova unidade de produção de ovos ocupa o primeiro pavilhão, de um total de três que a empresa pretende construir, com uma capacidade máxima de alojamento de 3.000 galinhas poedeiras, “o número máximo permitido, por pavilhão, segundo as regras do modo de produção biológico”, indicou o responsável.
Com o pavilhão edificado, que representa um investimento de 130 mil euros e teve a comparticipação do Proder – Programa de Desenvolvimento Rural, Paulo Mota prevê produzir “aproximadamente 960 mil ovos/ano” e faturar 120 mil euros anualmente.
Os ovos são vendidos a um cliente nacional que faz a classificação e embalamento e os coloca no mercado, estando, neste momento, a exportar parte da produção para o mercado francês, segundo Paulo Mota.
Como a unidade de produção de ovos em modo biológico está totalmente automatizada, a empresa apenas necessita de um colaborador.
O empresário destaca a importância do projeto para a região por pretender “alavancar a produção de cereais em agricultura biológica” no concelho de Gouveia, visto necessitar de 150 mil quilogramas de cereais por ano para alimentar as galinhas, que estão a ser importados de outras regiões do país.
A unidade da Quinta da Caramuja será inaugurada pelas 17h30 de sábado pelo secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.