O tenente-coronel Cunha Rasteiro, chefe da secção de operações e informações e relações públicas do Comando Territorial da GNR da Guarda, disse à agência Lusa que o calçado foi entregue à autarquia, no posto territorial de Gouveia, após uma decisão proferida pelo Tribunal local “por proposta do Destacamento Territorial de Gouveia da GNR”.
Os 966 pares de sapatos foram apreendidos em 2003 durante uma operação da GNR realizada numa fábrica de calçado do norte do país, após a apreensão, em Gouveia, “de uma pequena quantidade” de artigos contrafeitos, contou.
“A GNR solicitou que se fizesse a entrega desses artigos à Loja Social de Gouveia e o tribunal permitiu”, disse, lembrando que os artigos foram cedidos “depois de retiradas todas as referências às marcas” que ostentavam no momento da sua apreensão.
O calçado facultado à Loja Social de Gouveia, gerida pela Câmara local, “destina-se a ser entregue às famílias mais carenciadas do concelho”, explicou Cunha Rasteiro.
Será agora aquela instituição a fazer chegar os artigos “àqueles que mais necessitam”, adiantou.
“É uma forma de ajudar as famílias mais carenciadas e as instituições que as apoiam”, reconheceu o tenente-coronel.
A Loja Social de Gouveia foi inaugurada a 1 de dezembro de 2011, por iniciativa da Câmara Municipal, para apoio aos mais necessitados.
Sobre a oferta dos 966 pares de sapatos, a autarquia presidida por Luís Tadeu refere, em comunicado, que “é importante realçar o papel da GNR em todo este procedimento, que irá permitir ajudar muitas famílias” do concelho “em situação de maior precariedade financeira”.
O Comando Territorial da GNR da Guarda já entregou este ano peças de vestuário apreendidas por contrafação, avaliadas em cerca de 25 mil euros, a seis instituições de solidariedade social dos concelhos de Almeida, Guarda, Seia e Vila Nova de Foz Côa, segundo o tenente-coronel Cunha Rasteiro.
