“O primeiro concurso foi com 14 pousadas. Estão duas adjudicadas”, a de São Pedro do Sul e de Aljezur, anunciou o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Emídio Guerreiro, à margem da reabertura da Pousada da Juventude de Évora.
O governante referiu que, na primeira fase do processo, “houve uma série de concursos que ficaram vazios”, adiantando que a Movijovem, responsável pela rede de pousadas da juventude, lançou hoje um segundo concurso com as restantes 12 unidades.
No novo concurso, constam as pousadas da juventude de Alfeizerão (São Martinho do Porto), Alijó, Alvados (Porto de Mós), Areia Branca, Bragança, Lagos, Lisboa, Lousã, Melgaço, Penhas da Saúde, Vilarinho das Furnas e Viseu.
Segundo o secretário de Estado, na primeira fase, algumas pousadas não tiveram interessados, porque “os cadernos de encargos são muito rigorosos” para permitir “salvaguardar a rede nacional e internacional e as facilidades ao movimento juvenil”.
“Era impossível a Movijovem, com o atual quadro financeiro, ter o nível de investimento necessário para a reabilitação de muitas das pousadas”, assinalou, referindo que, com este modelo, as remodelações e os novos mobiliários “ficam por conta dos parceiros”.
Emídio Guerreiro explicou que as empresas que queiram gerir as pousadas da juventude, além de assumirem o custo das obras, “têm obrigação de ficar, durante o período da concessão, com o pessoal da Movijovem” e de “pagar 15% sobre as receitas”.
“Ou seja, a Movijovem deixa de ter custos e passa ter apenas uma receita, relativamente à exploração das pousadas”, disse, mostrando-se confiante que assim será possível “reabilitar algumas pousadas”.
Segundo a Movijovem, a assinatura dos contratos para a concessão das pousadas da juventude de São Pedro do Sul e Aljezur deverá realizar-se no início de setembro.
Quanto à Pousada da Juventude de Évora, que hoje reabriu, possui uma centena de camas, distribuída por 33 quartos de várias tipologias, além de sala de reuniões e de convívio, refeitório e bar.
Segundo o secretário de Estado, as obras de remodelação do equipamento de Évora, localizado em pleno centro histórico da cidade, envolveram um investimento de cerca de 2,6 milhões de euros, com apoio de fundos comunitários.
“Ficou com mais um milhão de euros em cima” do que estava previsto em 2007, quando arrancaram os trabalhos, porque “houve mais custos administrativos, custos de erros do passado e custos de novas valências”, esclareceu Emídio Guerreiro.
Instalada no edifício de um antigo hotel, a Pousada da Juventude de Évora estava desativada desde 2003.