Fundão recebe 19 migrantes resgatados no Mediterrâneo

Os 19 migrantes que vão ser acolhidos no município do Fundão são 17 homens e duas mulheres, provenientes da Eritreia (14), Nigéria (3), Iémen (1) e Sudão (1).

Os 19 migrantes que em julho passado foram resgatados pelo navio humanitário ‘Aquarius’ chegaram ontem a Portugal e vão ser acolhidos no município do Fundão, informou o Governo.

Um comunicado conjunto dos gabinetes do ministro da Administração Interna e da ministra da Presidência e da Modernização Administrativa refere que os migrantes serão recebidos numa ação humanitária concertada de Portugal, França e Espanha.

Os 19 migrantes que vão ser acolhidos no município do Fundão são 17 homens e duas mulheres, provenientes da Eritreia (14), Nigéria (3), Iémen (1) e Sudão (1).
“A chegada de mais este grupo de migrantes resulta do compromisso de solidariedade e de cooperação europeia assumido por Portugal em matéria de migrações.

Perante a situação de emergência dos migrantes resgatados pelo ‘Aquarius’, o Governo português manifestou de imediato a disponibilidade para participar solidariamente no processo de acolhimento”, pode ler-se.

O executivo afirma que “Portugal cumpre assim o seu dever de solidariedade humanitária e de contribuir para as soluções europeias para a questão da migração e das tragédias humanas que têm ocorrido no Mediterrâneo”.

O grupo beneficiará de um plano de integração e de empregabilidade seguindo um modelo já desenvolvido no trabalho com imigrantes e terá, logo à chegada, um tradutor que acompanhará todo o processo por forma a facilitar a comunicação e a integração.

Nos últimos meses, os navios de resgate civis foram forçados a retirar-se da chamada “rota central”, acossados pela Guarda Costeira da Líbia e pelas pressões da União Europeia e do Governo italiano.

O ‘Aquarius’ é único navio de resgate civil atualmente a operar no Mediterrâneo central, considerada a rota migratória mais letal do mundo.

No domingo, as duas ONG responsáveis pelo ‘Aquarius’ acusaram o Governo italiano de pressionar o Panamá a retirar o seu pavilhão ao navio.

“Esta situação condena centenas de homens, mulheres e crianças, que buscam desesperadamente segurança, à morte no mar; e é um forte golpe contra o trabalho do ‘Aquarius’, a única embarcação de busca e resgate não-governamental ainda ativa no Mediterrâneo Central”, alertam as ONG num comunicado.

Segundo o Panamá, a principal queixa das autoridades italianas é que “o capitão do navio se recusou a devolver os migrantes e refugiados ao local de origem”.

Desde junho, devido à decisão do ministro do Interior transalpino, Matteo Salvini, que encerrou os portos italianos aos migrantes, o ‘Aquarius’ está proibido de atracar nos portos de Itália.


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