Fundação Côa Parque vai realizar reuniões setoriais para analisar futuro da instituição

O novo presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque, Bruno Navarro, anunciou esta quinta-feira um conjunto de reuniões setoriais para analisar as medidas mais urgentes a tomar no Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa, descartando despedimentos.

As medidas, no imediato, passam por rever a segurança dos núcleos arqueológicos do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e do museu, a renovação da frota de viaturas destinadas às visitas guiadas e a nomeação provisória de um diretor para o Museu do Côa até que esteja concluído o processo de concurso público.

“Há um conjunto de funcionários cuja situação laboral vai ter de ser revista para os vincular à instituição, um processo que terá se seguir os seus trâmites. Contudo, não faz sentido falar em despedimentos e vamos analisar todas as possibilidades, sabendo que todos são importantes”, vincou.

Segundo o novo presidente da fundação, “estão criadas todas as condições” para relançar o projeto arqueológico do Vale do Côa.

“Contudo, não há forma de acudir ao futuro da Fundação Côa Parque sem haver uma injeção de capital por parte das entidades que tutelam a fundação”, frisou.

Bruno Navarro foi designado para o cargo de presidente do Conselho Diretivo sob proposta do Ministério da Cultura, enquanto Maria Manuel de Oliveira foi indicada para vice-presidente, sob proposta da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de acordo com a publicação em Diário da República na semana passada.

O mandato do novo Conselho Diretivo iniciou-se 26 de junho e tem a duração de cinco anos, tendo sido hoje feita a sua apresentação pública numa cerimónia presidida pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.

Presentes na cerimónia de apresentação estiveram os vogais não executivos do Conselho Diretivo da fundação: Nuno Fazenda, diretor do Departamento de Gestão de Programas Comunitários do Turismo de Portugal, e Gustavo Duarte, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, propostos, respetivamente, pela Secretária de Estado do Turismo e pelo município de Vila Nova de Foz Côa e Associação de Municípios do Vale do Côa.

Segundo o ministro da Cultura, a ação do Governo é fortalecida, passando a área da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a ter representação no Conselho Diretivo, em estreita articulação com os representantes da Cultura, do Turismo, do Ambiente, da autarquia local e da Associação de Municípios do Vale do Côa.

A arte rupestre do Côa, inscrita na Lista do Património Mundial da UNESCO desde 1998, foi uma das mais importantes descobertas arqueológicas do Paleolítico superior em finais do século XX em toda a Europa.

Aquando da descoberta “Arte do Côa”, em 1994, os arqueólogos portugueses asseguraram tratar-se de manifestações do Paleolítico Superior e afirmaram estar-se perante “um dos mais fabulosos achados arqueológicos do mundo”.

O Parque Arqueológico do Vale do Côa foi inaugurado a 10 de agosto de 1996.


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