Federação Internacional de Esqui considera projeto português um dos oito melhores do mundo

O projeto Ski 4 All, promovido pela Federação de Desportos de Inverno de Portugal (FDIP), foi considerado pela Federação Internacional de Esqui (FIS) um dos oito melhores destinados a crianças na área dos desportos de neve.

A iniciativa realizada em Portugal ficou entre os oito primeiros candidatos ao FIS Snow Kidz Award 2020. A classificação final só será conhecida durante o congresso da Federação Internacional de Esqui, previsto para a próxima semana, mas adiado para data a agendar.

Entre os finalistas estão projetos da Austrália, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, República Checa e Suécia.

Para Pedro Farromba, presidente da FDIP, a distinção é “um orgulho”, mas “aumenta também a responsabilidade” em relação ao projeto que vai na sexta edição e que, nos cinco primeiros anos, contou com a participação de oito mil crianças de 200 escolas de norte a sul do país, a maioria posta pela primeira vez em contacto com os desportos de inverno.

“É um grande orgulho, para um país com as nossas características e com as dificuldades de neve que temos tido nos últimos anos, conseguirmos que o projeto esteja nos oito melhores do mundo. É também um alento para a equipa que tem feito um trabalho fantástico na promoção das modalidades”, sublinha o presidente da federação, em declarações à agência Lusa.

O prémio avalia projetos de todo o mundo que se dedicam à promoção e desenvolvimento dos desportos sob a tutela da FIS e o presidente da FDIP adianta que o modelo pode vir a ser replicado em outros países.

“É o reconhecimento do trabalho feito e aumenta também a responsabilidade, porque há colegas de outros países a perguntarem como fazemos e é uma possibilidade real virem a ser criadas atividades idênticas”, adianta Pedro Farromba.

Segundo o dirigente, as dificuldades inerentes às condições para a prática dos desportos de inverno no país obrigam a FDIP a esforçar-se mais.

“Nós quanto mais dificuldades temos, mais temos de correr e mais inteligentes temos de ser. Temos pouca neve, mas temos muita vontade”, diz Pedro Farromba, à Lusa.

O Pizza Hut Ski 4 All permite a crianças experimentarem fazer, durante um dia, esqui e snowboard, este ano com a novidade de os técnicos se deslocarem às escolas com equipamento portátil que permite experimentar a sensação de deslizamento.

O número de vagas foi aumentando e na edição deste ano manteve-se nas 2.300 pessoas, 1.900 para alunos de escolas do primeiro e segundo ciclos, que pagam o valor simbólico de um euro, verba canalizada para proporcionar a mesma experiência a 400 utentes de instituições para pessoas com deficiência.

Além das aulas na pista artificial do Ski Parque, em Manteigas, alguns grupos pisam neve real, na Estância de Esqui da Serra da Estrela. Na última edição, foram duas vezes monitores a escolas, com equipamento amovível.

Nesta sexta edição, o presidente da FDIP admite não se ter conseguido fazer tudo o que estava previsto, quer pelos poucos dias de neve, quer pelo estado da pista sintética, “muito degradada”, e outros condicionalismos.

“Este ano não correu como queríamos, mas o Ski 4 All é uma certeza para o próximo ano. Vamos candidatá-lo e não faria sentido um projeto premiado internacionalmente não ter continuidade”, acentua o dirigente.

O projeto realiza-se com o apoio do Programa Nacional Desporto para Todos, que tem como missão a promoção e o desenvolvimento desportivo, a educação para e pelo desporto e a promoção da saúde. O Ski 4 All está também integrado no ‘Bring Children to the Snow’, da FIS.


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