Associam-se a esta celebração os Museus de Aveiro e Guarda, Museu Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco, Museus José Malhoa e da Cerâmica nas Caldas da Rainha, Museu Joaquim Manso na Nazaré e o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, numa iniciativa da Direção Regional de Cultura do Centro e do Centro Português de Serigrafia (CPS).
O CPS, que se afirmou no plano nacional e internacional, reconhecido por diversos prémios no estrangeiro, foi criado em 1985 por António Prates, apresentando, desde logo, vantagens significativas aos seus sócios. Com mais de duas mil e seiscentas edições, transformou-se num verdadeiro Museu ao alcance do grande público dos amantes da arte. Contribuiu de forma pioneira para a democratização cultural e empenha-se atualmente em estender as fronteiras da sua ação a nível internacional.
A exposição, comissariada por Maria João Fernandes (A.I.C.A., Associação Internacional de Críticos de Arte) e com direção artística de Alexandra Silvano, desenvolve em diversos núcleos, tematicamente, os motivos e os símbolos dos grandes Regimes Diurno e Noturno da Imagem, tal como são abordados pelo grande ensaísta e antropólogo francês Gilbert Durand.
No Museu de Aveiro com o sugestivo título “No Princípio era a Luz”, agrupam-se temas em relação com o imaginário do dia e da noite: Noite Antiquíssima e Eterna, Figuras da Sombra, Mediadoras, Mediadores, O Dragão, Figura da Totalidade, Variações sobre a Luz e Arquiteturas Solares.
No Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, em O Horizonte do Sonho, brilha a obra gráfica de Cruzeiro Seixas, expoente do Surrealismo português.
O Museu Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco, “O Amor e o Tempo”, ganha nova alma com as imagens do amor e do erotismo unidas pelo ancestral símbolo do coração.
No Museu da Guarda no núcleo “Geometria, Alquimia e Linguagem” reúnem-se imagens sob o signo da alquimia: Geometrias Cósmicas, Jogos Óticos, A Palavra como Imagem e Escritas do Cosmos.
O Museu José Malhoa nas Caldas da Rainha apresenta “O Imaginário da Realidade”, incluindo Narrativas do Real Quotidiano, Nova Figuração, O Imaginário Cósmico, O Mar como Símbolo, O Espírito do Fogo e A Visão da Bio Arte.
No Museu da Cerâmica também nas Caldas da Rainha, no núcleo “Tradição e Inovação” podem ser apreciadas algumas das edições mais apuradas e de maior complexidade do CPS, incluindo o azulejo e a cerâmica, numa escolha e apresentação de Alexandra Silvano.
Finalmente o Museu Joaquim Manso na Nazaré recebe um conjunto alusivo ao mar, “Símbolos Cósmicos: o Mar”, enquanto alguns dos mais belos livros e álbuns de arte editados pelo CPS se espalham pelos vários espaços.
A exposição «A Realidade do Imaginário» que inaugura em simultâneo em sete espaços de cultura, terá a sua estreia oficial a partir do Museu de Aveiro. A acompanhar, foi editado um catálogo que reproduz todas as obras apresentadas, inseridas nos respetivos núcleos, com textos introdutórios da Comissária.
Exposição “A Realidade do Imaginário” inaugurada hoje no Museu da Guarda
A exposição «A Realidade do Imaginário» que assinala os 30 anos do Centro Português de Serigrafia, inaugura hoje, dia 5 de março, pelas 18h30, simultaneamente em seis museus nacionais e num mosteiro emblemático da região centro do país.