Empresários da Guarda dizem que redução das portagens nas ex-SCUT peca por tardia

Segundo Pedro Tavares, a introdução de portagens penalizou “bastante” toda a região e, por isso, é reclamada “uma discriminação positiva”.

O presidente da Associação Empresarial da Região da Guarda (Nerga) congratulou-se hoje por o primeiro-ministro ter admitido que as portagens nas antigas Scut poderão baixar ainda este verão, mas sublinha que a medida “peca por tardia”.
“Esta medida peca por tardia, mas congratulamo-nos pelo esforço e pela atitude da diminuição do valor das portagens nas antigas Scut (vias sem custos para o utilizador)”, disse Pedro Tavares à agência Lusa.
Aquele dirigente falava após o primeiro-ministro, António Costa, ter admitido hoje, no debate quinzenal na Assembleia da República, durante o período em que respondia a questões formuladas pela bancada do PS, que as portagens nas antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scut) poderão baixar ainda este verão.
António Costa disse que o Governo “tomou boa nota da recomendação que foi aprovada na Assembleia da República” e que o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, tem vindo a desenvolver as negociações necessárias “para que possa ser executada ainda este verão”.
“É nesse esforço que estamos concentrados. Esperamos concretizá-lo ainda este verão”, repetiu o primeiro-ministro.
O presidente do Nerga disse à Lusa que a medida da redução das portagens nas antigas Scut que servem a região – autoestrada A25 (Aveiro/Vilar Formoso e A23 (Guarda/Torres Novas) – deve ser tomada “o quanto antes possível”.
Segundo Pedro Tavares, a introdução de portagens penalizou “bastante” toda a região e, por isso, é reclamada “uma discriminação positiva”.
“Não entendo o porquê da demora, mas ficamos à espera de que, pelo menos, o preço das nossas portagens (nas autoestradas A23 e A25) venha, pelo menos, a ser igualizado ao das autoestradas particulares”, disse o representante dos empresários.
Em sua opinião, seria justo ocorrer “uma discriminação positiva para a região, o que se iria traduzir numa diminuição de portagens superior a 30%” do valor pago atualmente pelos utilizadores.
“[Se a redução for de] menos de 30% é continuar a pagar mais do que nas autoestradas particulares”, concluiu.


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