E-commerce terá “impacto fundamental” nas decisões dos operadores logísticos

Nos próximos três anos, o e-commerce terá um “impacto fundamental” nas decisões dos operadores logísticos.

A conclusão ficou patente na conferência ‘Power of Three’ da CBRE, que serviu também para perceber que a inovação no setor industrial e logístico tem sido impulsionada pela vontade de responder à “cada vez maior exigência do cliente, visto que o crescimento do comércio eletrónico tem forçado os ocupantes a otimizar a sua rede de distribuição”.

Durante a iniciativa ficou ainda claro que à medida que a tecnologia evolui e as necessidades dos consumidores se alteram, os tempos de entrega tornaram-se cada vez mais importantes, uma vez que os clientes esperam que os seus produtos sejam entregues de forma rápida e sem constrangimentos.

De acordo com a CBRE, “à medida que o comércio online aumenta em popularidade e uso, os tempos de entrega tornaram-se cada vez mais importantes, uma vez que os clientes esperam que os seus produtos sejam entregues de forma rápida e sem constrangimentos. Desta forma, os operadores logísticos e industriais devem otimizar a sua rede com tecnologia de ponta e assegurar que a localização das suas plataformas apresenta um equilíbrio entre a necessidade de um grande centro consolidado localizado fora da cidade e a existência de pequenos pólos centrais, para rapidamente servirem as áreas urbanas.”

Amaury Gariel, Managing Diretor, Industrial and Logistics, EMEA, da CBRE explica que “é vital para os ocupantes logísticos integrar a escolha do local e a seleção da propriedade num contexto mais amplo de reconfiguração da cadeia de abastecimento. Enquanto a tecnologia continuar a conduzir a alterações na forma como os consumidores compram e os fabricantes produzem, é imprescindível que os ocupantes se adaptem às circunstâncias. A localização e o papel dos centros de distribuição, bem como o equilíbrio entre trabalho e os custos de ocupação, contra os tempos e os custos de transporte, têm de ser cuidadosamente considerados. Assim que estes fatores sejam resolvidos, esperamos vir a criar uma tendência de escassez de stock em algumas cidades e grandes centros logísticos.”

Já Leonardo Peres, Consultor Sénior de Agência de Industrial e Logística da CBRE, salienta que “Portugal acompanha esta tendência. A localização estratégica e a qualidade dos ativos imobiliários são cada vez mais determinante para a escolha de espaços industriais e logísticos. Temos vindo a notar uma tendência cada vez mais acentuada, pelo desenvolvimento de projetos de raiz (built-to-suit) de forma a responder às necessidades operacionais dos operadores, em função dos clientes finais. Perante isto, a CBRE encontra-se bem posicionada para dar resposta às exigências crescentes de um mercado que se tem vindo a tornar mais dependente das inovações tecnológicas, e de um serviço ao cliente com padrões de excelência.”


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