Desemprego cai para 13,1% no terceiro trimestre

Fonte: http://www.euroimpala.pt

A taxa de desemprego voltou a cair no terceiro trimestre deste ano para os 13,1.%, diminuindo 0,8 pontos percentuais face ao trimestre anterior, anunciou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística.

O universo de pessoas empregadas aumentou, mas de forma menos expressiva do que no trimestre anterior.

A descida da taxa de desemprego contabilizada pelo INE tem por base a redução de 40 mil pessoas sem trabalho entre o segundo e o terceiro trimestre. Na comparação com o trimestre homólogo (que permite anular os efeitos da sazonalidade), verifica-se que a taxa de desemprego recuou 2,4 pontos percentuais, de 15,5% para 13,1%, o que corresponde a menos 131 mil desempregados.

O universo de 688,9 mil desempregados não contempla as pessoas com mais de 15 anos que integram o chamado universo dos inativos seja porque estão disponíveis para trabalhar mas não procuram emprego, seja porque estão à procura de trabalho mas não disponíveis para o aceitar.

De acordo com os dados hoje divulgados pelo INE, havia 29,6 mil pessoas inativas e não disponíveis no final do terceiro trimestre e 302 mil inativos disponíveis mas que não procuram trabalho. Em ambos os casos se observou uma crescimento face ao trimestre anterior (de 4,2% e 17,,8%, respetivamente). Em relação ao trimestre homólogo de 2013, os inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis aumentaram 21,8%, enquanto na segunda categoria se regista uma ligeira diminuição de 0,7%, o que significa que caiu de 304,3 mil para as atuais 302,3 mil.

Se aos desempregados se somarem estes inativos verifica-se que 19,4% da população ativa (ou 1020,8 mil pessoas) não trabalha. Um valor em linha com os 19,3% que poderiam contabilizar-se no trimestre anterior e inferior aos 21,7% do trimestre homólogo.

Emprego cresce mas menos

No terceiro trimestre, o número de pessoas empregadas cresceu 1,1% face à situação registada em junho, o que corresponde a 50,5 mil novos empregos. Apesar da subida, o INE identifica uma desaceleração face ao trimestre anterior, quando o emprego aumentou 2%. Mas esta situação pode estar influenciada pelo facto de o segundo trimestre ser tradicionalmente um período em que se observa criação de novos empregos, antecipando o aumento da procura ligada ao sector do turismo e restauração nos meses de verão.

O cruzamento dos dados permite concluir que o número de novos empregos (50,5 mil) superou o a redução do número de desempregados (40 mil), o que significa que, ao contrário do observado em períodos anteriores, desta vez a economia gerou postos de trabalho mais do que suficientes para absorver a descida do número de pessoas sem trabalho.

Já em termos homólogos, há a registar uma subida de 2,1% na população empregada (mais 95,7 mil pessoas a trabalhar).

 

 


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