Foram muito heterogéneas as condições de desenvolvimento da cultura ao longo do ciclo e entre regiões, conduzindo a estimativas divergentes relativas à evolução da produção face à campanha anterior.
De uma forma geral, as primeiras fases de desenvolvimento vegetativo decorreram sem problemas de maior, registando-se apenas problemas no abrolhamento no interior Centro, provocados por geadas e queda de neve tardias. Durante a primavera, em fases de grande suscetibilidade da maioria das castas às doenças criptogâmicas (da floração/alimpa até ao bago de chumbo/bago de ervilha), as condições meteorológicas da primavera promoveram o surgimento de fortes ataques de míldio, obrigando ao reforço dos tratamentos fitossanitários. Registaram-se ainda prejuízos causados pela queda de granizo (interior Centro) e por escaldões (interior Norte, Ribatejo e Alentejo).
Perante estes cenários, as previsões apontam para diminuições acentuadas no interior Norte e Centro (entre -20% e -35% face a 2019), e para a manutenção ou ligeiros aumentos nas restantes regiões vitivinícolas.
Globalmente estima-se uma diminuição de 5% na produção total de vinha para vinho.
Quanto à uva de mesa, a produção deverá ser semelhante à da campanha anterior.