Custo de financiamento das empresas portuguesas baixou em 2013

O juro médio que as empresas tiveram de suportar no ano passado foi de 4% quando, em 2012, tinha sido de 4,2%.

O rácio entre os juros suportados e os financiamentos obtidos pelas empresas portuguesas no ano passado foi de 4%, o que representa uma descida dos custos de financiamento, pois em 2012 este rácio era de 4,2%, de acordo com o Boletim Estatístico do Banco de Portugal, divulgado esta terça-feira. Segundo a mesma fonte, esta redução foi registada quer para as “empresas públicas”, quer para as “empresas privadas”. Por classe de dimensão, verifica-se que o custo do financiamento diminuiu apenas para as “pequenas e médias empresas”, sublinha ainda o documento, acrescentando que as “grandes empresas” “registaram um custo do financiamento semelhante ao do ano anterior”. Esta diminuição dos juros das empresas surge num ano em que os custos a que Portugal se financia nos meracdos internacionais também recuaram. Em 2012, este indicador tinha aumentado, quer por classe de dimensão, quer por setor detentor. No ano passado, revela ainda o relatório, as “empresas públicas”, “apesar de continuarem a ter um custo do financiamento inferior ao das ‘empresas privadas’, estiveram sujeitas a maior pressão financeira, tal como nos anos anteriores”. Quanto aos prazos médio de pagamento e de recebimento, diz o documento, apresentaram um diferencial “reduzido e estável”. O setor “electricidade, gás e água” foi o que apresentou menores prazos (com o diferencial a cair) enquanto o da “construção” “apresentou os prazos médios de pagamentos e de recebimento mais longos”. Nas “empresas públicas”, o prazo médio de pagamentos tem sido bastante superior ao de recebimentos. Em 2010, o diferencial era inferior a 60 dias, tendo crescido progressivamente até 2012, ano em que atingiu os 97 dias. No final de 2013, a informação disponível apontava para uma redução do diferencial entre o prazo médio de pagamentos e o de recebimentos em relação ao final de 2012. No que diz respeito à rendibilidade bruta do capital investido, definida como o rácio do EBITDA sobre o capital investido, melhorou em relação a 2012, passando de 5,4% para 6,7%.


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