Curta-metragem e colóquio dedicado a Sophia de Mello Breyner Andresen na BMEL

Na próxima sexta-feira, dia 13 de novembro, pelas 18 horas, será exibida uma curta-metragem da autoria de João César Monteiro dedicada a poetisa, seguida de um colóquio conduzido por Antonieta Garcia.

Esta é a primeira curta-metragem de João César Monteiro, realizada em 1969. Trata-se de uma experiência ímpar no chamado documentarismo do cinema novo português. O olhar reverente e contemplativo da poetisa é acompanhado pela atenção com que ouve a voz de Sophia a dizer a sua poesia. Uma introdução e colóquio conduzidos por Antonieta Garcia complementam a sessão.

A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL) da Guarda vai realizar ao longo deste mês um conjunto de iniciativas dedicadas à vida e à obra de Sophia de Mello Breyner Andresen.

Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de novembro de 1919 no Porto, onde passa a infância. Entre 1936 e 1939 estuda Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publica os primeiros versos em 1940, nos “Cadernos de Poesia”. Participou ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.

Autora de catorze livros de poesia, publicados entre 1944 e 1997, escreve também contos, histórias para crianças, artigos, ensaios e teatro.
Recebeu entre outros, o “Prémio Camões” 1999, o “Prémio Poesia Max Jacob” 2001 e o “Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana” 2003. Foi a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão, que, para além do valor pecuniário, significa ainda a edição de uma antologia bilingue (português-castelhano), o que levará a autora a um vastíssimo público que cobre os países latino-americanos.

Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias. A sua obra, várias vezes premiada, está traduzida em várias línguas. Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa, tendo-lhe sido concedidas honras de Panteão Nacional.


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