Prémio Eduardo Lourenço entregue hoje a Luís Sepúlveda

O galardão será entregue ao escritor chileno no decorrer de uma cerimónia a realizar pelas 15 horas, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço.

Segundo o vereador do pelouro da cultura da Câmara Municipal da Guarda, Victor Amaral “está previsto que haja também um encontro com o autor, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço“.

Luís Sepúlveda é o vencedor da 12.ª edição do Prémio Eduardo Lourenço, no valor de 7.500 euros, atribuído pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na Guarda.

Instituído em 2004, o prémio destina-se a galardoar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cooperação e da cultura ibérica.

No dia do anúncio do vencedor da edição de 2016, a 29 de abril, o vereador Victor Amaral referiu que o júri entendeu, “por consenso”, entregar o prémio a Luís Sepúlveda, “pela sua vastíssima obra, que, sendo uma obra universal, também tem dentro dela o iberismo, no fundo, que é o espírito do Prémio Eduardo Lourenço”.

“O júri entendeu que seria um prémio bem entregue a este escritor, cuja obra é, de resto, bem conhecida por todos, é estudada e a grande parte dos livros dele fazem parte do Plano Nacional de Leitura em Portugal. É estudado nas nossas escolas, no 2.º e 3.º ciclo, e é por isso uma boa notícia para nós também que, naturalmente honra o CEI, nesta dignificação da cultura portuguesa e espanhola, cultura ibérica, e cada também vez mais universal”, afirmou.

Luís Sepúlveda, que vive atualmente em Gijon, Espanha, é autor de livros como “O Velho Que lia Romances de Amor” e “História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar”, entre outros.

O Prémio Eduardo Lourenço, atribuído pelo CEI, teve a sua primeira edição em 2004 e já distinguiu várias personalidades de relevo de Portugal e de Espanha.

As anteriores edições contemplaram Maria Helena da Rocha Pereira (professora Catedrática de Cultura Greco-Latina, Agustín Remesal (jornalista), Maria João Pires (pianista), Ángel Campos Pámpano (poeta), Jorge Figueiredo Dias (professor Catedrático de Direito Penal), os escritores César António Molina, Mia Couto e Agustina Bessa-Luís, José María Martín Patino (teólogo), Jerónimo Pizarro (professor e investigador) e Antonio Sáez Delgado (professor e investigador).

O CEI foi criado a partir de um desafio lançado por Eduardo Lourenço, natural de São Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, na sessão solene comemorativa do Oitavo Centenário do Foral da Guarda, em 1999.

Surgiu em resultado de uma parceria que envolveu inicialmente a Câmara Municipal da Guarda e as Universidades de Coimbra e de Salamanca e, mais tarde, o Instituto Politécnico local.


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