No dia 7 de dezembro, os jovens de Penamacor vão para a floresta e abatem as árvores secas ou afetadas por doença, previamente marcadas pelos doadores.
Nessa noite, no campo, acontece o primeiro grande momento da saga do Madeiro, com os amigos e população a juntarem-se ao arraial montado em redor de uma generosa fogueira.
O vinho corre pelas gargantas e os cânticos elevam-se ao céu em torno das chamas crepitantes. A animação segue até de madrugada entre um copo e uma febra grelhada, para que o ânimo não esmoreça e as forças não faltem de manhã, quando chegar a hora de carregar e transportar o Madeiro para a Vila.
Ao início da tarde do dia 8, a multidão acorre à rua para saudar o cortejo de tratores e camiões, com os jovens do ano empoleirados nos troncos, cantando e dando hurras, acompanhados à concertina.
O grande monte de madeira é então depositado no adro da igreja e aí ficará até à noite do dia 23, pronto para ser ateado, aquele que é o maior Madeiro de Portugal a iluminar e a aquecer o Natal beirão.