Festival Cinecôa começa hoje com o realizador Hugh Hudson e o seu filme “Altamira”

O Cinecôa, Festival Internacional de Cinema de Foz Côa, começa hoje com a exibição do filme “Altamira”, numa sessão com a presença confirmada do seu realizador, Hugh Hudson, indicou à Lusa fonte da organização.

O cineasta britânico Hugh Hudson, realizador de “Momentos de glória” e “Greystoke – A Lenda de Tarzan”, não resistiu ao convite lançado pelo Cinecôa para se deslocar à Portugal, de acordo com a organização, e vai apresentar o seu mais recente trabalho, “Altamira”, protagonizado por António Banderas, no âmbito da programação do festiva que tem vindo a projetar a região do Douro e o Vale do Côa como destinos cinematográficos.

“Na tarde de sexta-feira, será feita uma visita guiada ao Parque Arqueológico do Vale do Côa para que Hugh Hudson fique a conhecer as gravuras rupestres que se estendem por 17 quilómetros, tornando este Parque Arqueológico o maior museu ao ar livre do Paleolítico em todo o mundo”, destaca em comunicado a organização do Cinecôa.

Até domingo, o Cinecôa vai exibir 31 filmes de 14 países, o que se traduz em mais de mil minutos de cinema, no auditório municipal de Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.

Segundo os promotores, o destaque da edição deste ano vai precisamente para Hugh Hudson e o seu filme “Altamira”, que permite um paralelismo entre a caverna de Cantábria, em Espanha, conhecida como a Capela Sistina da arte rupestre, e as gravuras do Parque Arqueológico do Vale do Côa.

“O realizador inglês é o autor de ‘Momentos de Glória’, um filme que ganhou quatro Óscares e marcou todo um conjunto de gerações”, lembrou um dos responsáveis da organização da mostra cinematográfica, António Valente.

“Não é de forma inocente que abrimos assim o Cinecôa, com este filme, protagonizado por António Banderas, que faz uma grande aproximação entre dois pontos fulcrais da arte rupestre europeia, como são Altamira e Foz Côa”, explicou António Valente.

O Festival de Cinema de Foz Côa promete um programa “diversificado, pensado para diferentes públicos” e vai exibir oito longas-metragens, seis curtas-metragens e muitos filmes de animação para os mais pequenos.

Na sexta-feira, segundo dia do certame, será exibido o filme “Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens”, um clássico do cinema mudo alemão, de 1922, dirigido por Friedrich Wilhelm Murnau, que só em 1981 foi exibido em sala, em Portugal, pela primeira vez, com o título “Nosferatu, o vampiro”.

A exibição do filme é acompanhada, em palco, pela Orquestra do Norte.

Do Cinecôa constarão ainda filmes recentemente produzidos em Marrocos, Espanha, Reino Unido, França, Luxemburgo, Brasil e Cuba.

O Festival Internacional de Cinema de Foz Côa também vai distinguir o realizador António-Pedro Vasconcelos, que dirigiu filmes como “Perdido por cem”, “Oxalá”, “Lugar do Morto”, “Aqui d’El-Rei”, “Jaime”, “Os Imortais”, “Call girl” ou “Os gatos não têm vertigens”, filme que abriu a edição anterior de Cinecôa.

A entrada é gratuita em todas as sessões e são esperadas cerca de três mil pessoas ao longo dos três dias de festival.

A programação do festival está disponível aqui.


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