Biblioteca da Guarda evoca o 25 de Abril com várias atividades ao longo do mês

A Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço (BMEL) da Guarda anunciou hoje que vai evocar o 25 de Abril com várias atividades que “relembram o antes e o depois da revolução” na literatura, no cinema, na arte e na memória.

O programa comemorativo, que vai decorrer ao longo do mês, começa na segunda-feira com uma mostra de 35 livros de edição portuguesa, existentes na BMEL, cuja circulação esteve proibida durante o Estado Novo (1926-1974).

“De salientar que cinco dos títulos apresentados são edições originais proibidas”, refere a organização em nota hoje divulgada.

No dia 13 de abril, uma quarta-feira, às 18 horas, será realizada mais uma sessão de “Guarda: a memória”, dedicada ao 25 de Abril nesta cidade.

“José Pires Veiga, um dos participantes no 25 de Abril na Guarda, vem à biblioteca relembrar esse dia. Será uma conversa informal sobre como é que a Guarda recebeu a notícia da revolução e que histórias e episódios persistem na memória dos guardenses sobre esse período”, explica a BMEL.

Para o dia 22, uma sexta-feira, está programada a inauguração da exposição “Abril no traço de João Abel Manta”, com “históricos ‘cartoons’ que João Abel Manta fez a seguir ao 25 de Abril de 74”.

No mesmo dia, pelas 18 horas, será realizada a conferência “A censura na roda do medo”, por Fernando Paulouro Neves, antigo diretor do Jornal do Fundão.

No dia 26, uma terça-feira, às 14h30, a BMEL promove uma conferência, seguida de uma oficina, com o tema “Ditadura e Revolução contadas aos mais novos: o 25 de Abril na literatura para a infância e a juventude”, por Ana Margarida Ramos, autora de várias obras de literatura para a infância.

“Esta iniciativa pretende identificar o corpus literário infantojuvenil que recria, sob diversas perspetivas, o 25 de Abril de 74, com vista a promover a sua divulgação junto de todos”, justifica a organização.

A conferência “Azuis ultramarinos – Propaganda e censura no cinema do Estado Novo”, por Maria do Carmo Piçarra, no dia 28, uma quinta-feira, às 18:00, encerra o ciclo da BMEL da Guarda dedicado ao 25 de Abril de 1974.

Segundo a organização, Maria do Carmo Piçarra, autora de “Salazar vai ao cinema” e de “O cinema Ideal e a Casa da Imprensa: 110 anos de filmes”, vai “expor como, durante a ditadura, Portugal ‘imaginou’ o seu colonialismo através da Sétima Arte”.


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