CTT dão passo atrás após fecho de 70 estações e preparam reaberturas

João Bento garantiu que “não vai haver nenhum concelho sem estação dos CTT” e que irá iniciar já nas próximas semanas o processo de reabertura de lojas.

A reorganização da rede dos CTT levou ao encerramento de dezenas de lojas em 33 concelhos. O Governo quer que todos os municípios tenham um balcão.

Depois do encerramento de 70 estações dos Correios, em 33 concelhos, e da saída de 419 trabalhadores, os CTT vão pôr um travão no plano de reorganização da rede. Os autarcas aplaudem.

Desde o final de 2017 que a empresa – totalmente privatizada em setembro de 2014 – tinha a decorrer um processo de reestruturação, que originou acesas manifestações de protesto por parte das populações que viram os postos das suas localidades encerrados, e de forças partidárias como o PCP e o BE. A reorganização da cadeia de lojas deveria terminar este ano, com o fecho de balcões em mais 15 concelhos.

Mas entretanto tudo mudou. O Governo, pela voz do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, deu a conhecer o seu descontentamento com uma “privatização mal feita e que não acautelou o interesse nacional”. E assegurou a necessidade de renegociar a concessão do serviço postal universal dos CTT, que termina no final de 2020, tendo por base que “todos os municípios que perderam a sua estação dos correios têm de voltar a tê-la”, disse Pedro Nuno Santos, em abril, no Parlamento.

A renúncia de Francisco Lacerda ao cargo de presidente executivo dos CTT, já em maio, e a nomeação de João Bento para liderar a empresa ditaram um volte face na estratégia.

Esta quarta-feira, no Parlamento, João Bento garantiu que “não vai haver nenhum concelho sem estação dos CTT” e que irá iniciar já nas próximas semanas o processo de reabertura de lojas nos concelhos que ficaram sem estações. Contactada, a empresa não avançou mais informação.


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