Covilhã pretende fazer candidatura como cidade criativa da Unesco

O centro de inovação cultural vai nascer com a requalificação do atual teatro municipal. Um investimento que quer contribuir para dar uma nova vida ao centro da cidade.

A câmara municipal da Covilhã pode avançar com uma candidatura para vir a ser reconhecida como cidade criativa da Unesco na área da cultura. O anúncio feito pelo presidente da autarquia na sessão de abertura da primeira edição dos “encontros com a cultura” que o município vai promover para antecipar a abertura do centro de inovação cultural que deve ocorrer no último trimestre de 2019.

De acordo com Vítor Pereira “é nosso objetivo gerar novos circuitos de visitação, desenvolver novos espaços e equipamentos, impulsionar o turismo cultural e industrial. É uma aposta transversal que se vai unir à área social e comunitária com projetos artísticos e criativos na área do design e que abre caminho para que se possa apresentar uma candidatura a cidade criativa da Unesco”.

O autarca covilhanense refere que o centro de inovação cultural, que vai nascer da requalificação do atual teatro municipal, pretende afirmar-se como um espaço de apoio à criação e estabelecimento de parcerias com os agentes locais e consequentemente atrair novos fluxos de público. Um investimento que, a par dos novos centro de inovação social e empresarial, quer contribuir para dar uma nova vida ao centro da cidade, e dessa forma dinamizar a cidade do ponto de vista cultural, económico e social “procuramos que a cultura possa ser um agente catalisador da qualificação do território de forma transversal, passando pela educação, pela criação de novas dinâmicas económicas e sociais, pelo turismo e pela forma como a cidade comunica nacional e internacionalmente”.

Mas para além da autarquia, também a Universidade da Beira Interior quer ter um papel mais ativo no agendamento cultural da Covilhã e de toda a região. A ideia é defendida por Anabela Dinis, pró reitora daquele estabelecimento de ensino superior “a UBI pode e deve ter um papel mais ativo no agendamento cultural da Covilhã e da região. Não há universidade do mundo sem se ser de cultura. Por isso a partir das suas áreas científicas como as ciências da cultura, multimédia, artes, cinema e literatura a UBI tem de se assumir como um sujeito produtor de oportunidades de cultura para a região.”

Também a presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro (CCDRC) entende que a cultura é uma das marcas identitárias que mais contribui para a preservação das tradições e para a diferenciação dos territórios. Por isso Ana Abrunhosa deixou elogios ao trabalho que a autarquia covilhanense está a desenvolver nesta área “elogio a estratégia que este município adotou de considerar as artes, a música e a cultura como fundamentais para o desenvolvimento deste território. E até nos projetos que negociou connosco, no âmbito dos fundos comunitários, houve sempre um denominador comum. Era que a obra física que vai ser efetuada fosse também um pretexto para a arte e para a cultura”.


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