Covilhã diz que Geopark Mundial da Serra da Estrela será fator de desenvolvimento

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã considerou que a aprovação da candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial da UNESCO é “uma conquista extraordinária” e um “fator de desenvolvimento territorial”.

“É uma conquista extraordinária para a toda a região e o reconhecimento da importância que tem este território. Quando tanto falamos em interioridade, esta é uma boa notícia, é um fator de desenvolvimento territorial. É um instrumento diferenciador, que vem potenciar o nosso território e as nossas gentes e, por isso mesmo, um motivo de orgulho e regozijo, disse Vítor Pereira (PS), em declarações à agência Lusa.

A candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial foi aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na 4.ª Sessão do Conselho de Geoparks Mundiais, realizada na Indonésia.

“A região da Serra da Estrela viu na segunda-feira aprovada pelo Conselho de Geoparks Mundiais da UNESCO a sua candidatura a Geopark Mundial e fica agora apenas a aguardar o parecer do Conselho Executivo da agência das Nações Unidas”, refere a Associação Geopark Estrela em comunicado enviado à agência Lusa.

Uma candidatura em que a Covilhã também se empenhou “fortemente” pela “importância económica, social, cultural e de valorização do património natural e histórico” que representa, tal como destacou o autarca deste município, que é considerado uma das principais portas de entrada da Serra da Estrela.

Vítor Pereira sublinha às mais-valias que esta classificação pode ter não só ao nível turístico, mas também do ponto de vista da preservação ambiental e até de maior coesão intermunicipal.

“Será, certamente, um fator de desenvolvimento social, cultural, histórico, ambiental e até político, já que este é um território que é transversal a vários municípios que estão unanimemente envolvidos neste projeto”, acrescentou.

Para Vítor Pereira, este anúncio também dá força às questões ligadas à preservação da natureza e do património geológico, que “mais do que nunca” estarão na ordem do dia.

O autarca frisou ainda que “este é o momento” para destacar o trabalho desenvolvido pela equipa técnica e pelos municípios que estão envolvidos na candidatura, através da Associação Geopark Estrela, com sede no Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

A Associação Geopark Estrela é composta por nove municípios dos distritos da Guarda, Castelo Branco e Coimbra (Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia) e também pelo IPG e pela Universidade da Beira Interior (UBI).

A presidência da associação é assegurada pelo presidente do IPG, Joaquim Brigas, e a vice-presidência por José Páscoa Marques, vice-reitor da UBI.

Segundo Joaquim Brigas, a aprovação da candidatura por parte da UNESCO “é o reconhecimento do potencial geológico do território e do seu património natural e cultural e, nessa medida, um primeiro passo para o desenvolvimento sustentável de toda a região da Estrela”.

Após a aprovação do Conselho de Geoparks Mundiais, a Serra da Estrela fica a aguardar o parecer do Conselho Executivo da UNESCO para ingressar de forma definitiva na lista de Geoparks Mundiais deste organismo das Nações Unidas, adianta a Associação Geopark Estrela.

 

UNESCO aprova candidatura da Serra da Estrela a “Geopark Mundial”

 


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