Covid-19: Mais de 398 mil pessoas vigiadas a partir de casa

Mais de 73 mil profissionais de saúde têm acesso à plataforma de dados ‘Trace Covid’, vigiando mais de 398 mil casos confirmados ou suspeitos de covid-19 em internamento domiciliário, divulgou hoje o secretário de Estado da Saúde.

António Lacerda Sales, disse que passou a ser 73.520 o número de profissionais de saúde com acesso à plataforma e que são mais de 398 mil os casos confirmados ou suspeitos que se encontram em casa a ser vigiados pelas autoridades da saúde e, destes, 16 mil estão em “vigilância clínica”.

“Todos os dias aumenta a vigilância de casos confirmados e suspeitos no domicílio”, disse o governante.

Segundo António Lacerda Sales, “a plataforma tem funcionado bem, mas há espaço para melhorias”, admitiu, adiantando que a teleconsulta poderá “reforçar a rede de cuidados domiciliários”.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que muitos dos casos que entraram na plataforma são de “pessoas que ligaram para a Linha SNS24 a reportar sintomas” e foram validados pelos médicos de família.

Do total de 29.912 casos de infeção confirmados em Portugal, 72,1% encontram-se a recuperar no domicílio e 2% estão internados (608), sendo que, destes, 0,3% estão em cuidados intensivos e 1,7% em enfermaria, foi referido na conferência de imprensa em que é feito o ponto de situação diário da pandemia no país. Do total de casos, 6.452 são casos recuperados, o que representa 21,6% do total de casos confirmados.

Na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde disse que, desde março, já foram realizados mais de 698 mil testes à covid-19.

Em média, por dia, a Linha SNS24 atende 5.500 chamadas, “um número que se tem mantido estável”, enquanto na linha especializada para surdos foram 66 as solicitações.

Portugal contabiliza 1.277 mortos associados à covid-19 em 29.912 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

O Governo aprovou novas medidas que entraram em vigor na segunda-feira, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

O regresso das cerimónias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura da época balnear para 06 de junho.


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