Covid-19: Empresa da Guarda introduziu no mercado três variáveis de desinfetantes

Os três produtos novos estão a ser fabricados há duas semanas e a unidade fabril já laborou um total de “entre 30 a 40 toneladas”.

Uma empresa da Guarda que produz detergentes, produtos de higiene e de limpeza, respondeu à escassez de álcool e ao combate à pandemia da covid-19 com a criação de três variáveis de desinfetantes, foi hoje anunciado.

“Nós reformulámos três produtos, que não tínhamos, específicos para fazer face a esta situação [originada pela pandemia]. Um deles era muito à base de álcool e tivemos que o reformular”, disse hoje à agência Lusa o empresário Fausto Tavares.

Segundo o sócio da empresa Egiquímica – Produtos Químicos Industriais, S.A., instalada no Parque Industrial da Guarda, a unidade apostou num produto “à base de cloro, mais banal para a desinfeção”, e em mais dois, sendo um “mais elaborado à base de quaternário de amónio” e o outro um “bactericida virucida”.

Estes dois últimos produtos são mais específicos para a limpeza de superfícies, para o interior de instituições e de habitações, e também, por exemplo, para a desinfeção das cabines dos camiões. “E é isso que estamos a vender, praticamente”, disse.

Os três produtos novos estão a ser fabricados há duas semanas e a unidade fabril já laborou um total de “entre 30 a 40 toneladas”, segundo Fausto Tavares.

A empresa também produz álcool gel, tendo fabricado, desde março até ao momento, “muito perto das 70 a 80 toneladas”.

O responsável disse ainda à Lusa que os desinfetantes continuam a ter muita saída: “Se tivesse muitos desinfetantes, muitos vendia, só que não há álcool, está muito caro, e disparou para preços incomportáveis”.

Para contornar a escassez de álcool no mercado, a empresa fez um pedido especial alfandegário e o Governo “alargou um bocadinho” a possibilidade de compra de maiores quantidades de álcool desnaturado às empresas, “mas muito racionado”.

“Se eu quiser agora 30 toneladas de álcool, não tenho. Posso ter cinco toneladas hoje, cinco para a semana, porque o álcool também está a chegar a Portugal aos bocadinhos”, relatou.

A Egiquímica vende diretamente a distribuidores e fornece um canal de distribuição de âmbito nacional que abastece grandes clientes (hotéis, restaurantes, hospitais, instituições públicas, etc.) e alguns deles têm estado praticamente sem atividade devido à pandemia, o que também origina quebras nas vendas.

Fausto Tavares referiu, no entanto, que a empresa mantém a laboração e não tem necessidade de recorrer a ‘lay-off’.

A unidade fabril possui 26 operários e produz anualmente uma média de seis milhões de litros de detergentes só para o canal de distribuição com que trabalha.

A Egiquímica iniciou a sua atividade em 1989, como empresa familiar, na aldeia de Meios (concelho da Guarda), e em 1998 passou a desenvolver a sua atividade no Parque Industrial da cidade, onde produz uma grande variedade de produtos nas gamas higiene pessoal, lava louças, lava tudo, pavimentos, automóveis, lavandarias, bactericidas e limpeza específica.

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