O autarca da Covilhã pretende lançar um referendo em três concelhos da Beira Interior, com o objetivo de consultar a população para a criação de um espaço alargado que reúna Belmonte, Covilhã e Fundão.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã pegou na ideia de Paulo Fernandes, autarca do Fundão, e apresentou-a à assembleia municipal. Tudo passa pela realização de um referendo às populações de três municípios no sentido de conhecer qual a opinião destas para se juntarem num grande município. Há décadas que esta zona da Beira Interior, denominada de Cova da Beira, tende a unir-se, mas só agora os autarcas parecem mostrar alguma urgência na junção efetiva do território, serviços e projetos. Talvez por se imaginar a criação de um novo município a que alguns autarcas em fim de ciclo se poderiam candidatar, ou talvez não, talvez pela crise e falta de verbas os responsáveis autárquicos tenham agora analisado mais intensamente o assunto, o que parece ser verdade é a realização de um referendo. Para o social-democrata, também ele a cumprir o último dos seus mandatos na Covilhã, tal consulta deveria ser feita antes mesmo das próximas eleições autárquicas. Durante a Assembleia Municipal da Covilhã, que decorreu no final da passada semana, Pinto largou a ideia por entre os deputados. Recordou que tal consulta está prevista na lei e por isso deve ser utilizada. A juntar a este argumento, o facto de Covilhã e Fundão estarem já a trabalhar em alguns projetos conjuntos, como é o caso do turismo. A promoção desta região passa a ser feita pelos dois municípios em iniciativas repartidas. Para juntar também Belmonte, finalizando assim a área geográfica da Cova da Beira, reduzindo custos, segundo o social-democrata, e conseguindo um maior peso negocial de fundos estruturantes. Para já está lançada a ideia, resta agora saber a abertura dos restantes municípios, nomeadamente o de Belmonte, para tal consulta. Para além disso, ainda existe a necessidade de formular as questões que devem estar presentes nesse referendo e a forma como tal se vai proceder. Tudo iniciativas que podem ser realizadas, segundo Pinto, até final de outubro.