Cooperativa ajuda agricultores de Fornos de Algodres a comercializarem produtos

O concelho de Fornos de Algodres dispõe de uma cooperativa que foi criada para ajudar os agricultores locais na obtenção de apoios comunitários e na comercialização dos seus produtos, anunciou hoje o seu presidente.

A Foral – Fornos de Algodres Cooperativa Universal, foi fundada no dia 18 de novembro de 2014 e possui cerca de meia centena de associados, segundo a fonte.

O presidente da direção da cooperativa, Manuel Fonseca, que também é o presidente da câmara local, disse hoje à agência Lusa que a instituição surgiu com o objetivo de apoiar os agricultores do concelho de Fornos de Algodres, em diversas vertentes.

Dos vários projetos planeados destaca a criação de câmaras frigoríficas “como ponto de apoio aos produtos que se vão produzindo” e um gabinete de apoio para prestar apoio técnico aos agricultores na elaboração de candidaturas a apoios comunitários.

A Foral também tenciona criar a marca Fornos de Algodres, edificar um armazém para recolha e colocação dos produtos dos associados, instalar equipamento de lavagem, calibre e embalamento de frutos e construir um lagar de azeite.

Apoiar a investigação, o comércio e a distribuição, e a importação e exportação de produtos agrícolas, são outros dos propósitos da instituição, que visa incentivar o setor primário e agroalimentar na área do município de Fornos de Algodres.

Segundo Manuel Fonseca, a cooperativa também pretende dar especial realce ao queijo Serra da Estrela, valorizando o produto e aumentando o rendimento dos produtores locais.

A direção tenciona “arranjar mecanismos de comercialização do produto de maneira a que o produtor tenha um retorno diferente do que tem até agora”, disse à agência Lusa.

“É uma forma também de aumentar o rendimento disponível dos produtores de queijo para que eles possam dizer que vale a pena continuar a produzir queijo” Serra da Estrela, observou.

Manuel Fonseca referiu que na situação atual os intermediários “vão comprar o queijo aos produtores, às vezes por dez ou onze euros, e depois é vendido por 18 ou 19 euros”.

“Há aqui uma margem [de lucro] que não pode ir para o grossista, tem que ir para quem produz o queijo e não para os revendedores”, considera o responsável.

O dirigente da cooperativa Foral acredita que o projeto, que está na fase de arranque, “terá toda a vantagem” para os agricultores daquele concelho que está integrado na área demarcada de produção do queijo Serra da Estrela.

A Câmara Municipal de Fornos de Algodres é parceira no projeto, porque na fase inicial “foi importante” o seu apoio, referiu o autarca e presidente da direção da novel cooperativa.

 


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