Conselho de Ministros aprova alteração de estatutos a Fundação Côa Parque

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o decreto-lei que altera os estatutos da Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, que abrange o Museu e o Parque Arqueológico.

De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, a ação do Governo é “fortalecida, passando a área da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a estar representada no conselho diretivo em estreita articulação com os representantes da Cultura, do Turismo, do Ambiente, da autarquia local e da Associação de Municípios do Vale do Côa”.

“É alargada a missão da Fundação na valorização patrimonial, científica, ambiental e turística do Vale do Côa, designadamente através do envolvimento de instituições científicas e ensino superior, imprimindo à Fundação uma nova dinâmica de atuação que permita a prossecução da sua missão de interesse público”, destaca o comunicado.

A Comissão de Trabalhadores (CT) do Museu do Parque Arqueológico do Côa mostra-se expectante em relação à nomeação de um novo Conselho de Administração para que seja explicado em concreto o papel de cada um dos novos intervenientes nomeados, principalmente no que respeita à participação financeira de cada.

“Para estarmos a emitir uma opinião em relação à matéria agora aprovada, temos de conhecer melhor todos os detalhes daquilo que hoje que foi aprovado”, disse André Santos, representante da CT.

O Conselho de Ministros havia aprovado em novembro uma resolução com vista à viabilização da Côa Parque – Fundação para a Salvaguarda e Valorização do Vale do Côa, sediada em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.

De acordo com um comunicado na altura, com a resolução aprovada eram autorizadas transferências para o equilíbrio de contas da fundação, de forma a assegurar o respetivo saneamento financeiro.

O envolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior prende-se com o facto de se querer dar um caráter mais científico ao Museu do Côa e ao Porque Arqueológico, “promovendo assim um estudo mais aprofundado da Arte do Côa”, disse à Lusa em novembro fonte do gabinete do ministro da Cultura.

Para o estudo da arte rupestre do Vale do Côa, que remonta a 20 mil anos antes de Cristo, no período do Paleolítico Superior, vão estar envolvidas instituições de ensino superior como a Universidade do Minho (UM) e Universidade de Trás-os-Montes (UTAD).

Atualmente, o capital da fundação está distribuído por entidades como a Direção-Geral do Património Cultural, a Agência Portuguesa do Ambiente e o Turismo do Porto e Norte de Portugal, a Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Coa e a Associação dos Municípios do Vale do Côa.

A fundação foi criada em 2011 para gerir o Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa, protegendo, conservando, investigando e divulgando a arte rupestre, classificada Património Mundial em 1998.


Conteúdo Recomendado