O prazo de execução das intervenções, que estão orçadas em 5,6 milhões de euros e que estão a ser realizadas pela Mota-Engil, Railway Engineering SA, é de meio ano, de forma a permitir o arranque do plano de mobilidade antes do próximo verão.
De acordo com a Lusa, a empreitada foi adjudicada à Mota-Engil, Railway Engineering SA pela Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, que assumiu as intervenções depois da Mystic Tua, do Grupo Mystic Invest, do empresário Mário Ferreira, se ter recusado a realizar as intervenções que tinha assumido executar num contrato celebrado em fevereiro.
O plano de mobilidade para a linha do Tua é uma contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua e contempla a reativação de cerca de 30 quilómetros, entre a Brunheda e Mirandela, e contempla a circulação de um comboio turístico e outro para transporte das populações ribeirinhas.
Segundo a informação avançada pela Lusa, o projeto contempla também passeios de barco na nova albufeira, que submergiu cerca de 20 quilómetros da ferrovia entre a Brunheda e a foz do Tua.
Os trabalhos que vão ser realizados nos próximos meses destinam-se, segundo a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, a “que fiquem garantidas as condições de segurança necessárias para a implementação do plano de mobilidade”.
A Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua fez saber hoje que assinou com a empresa Mota-Engil, Railway Engineering Sa o auto de consignação dos trabalhos orçados em 5,6 milhões, que são necessários realizar no antigo canal ferroviário.
A Agência assumiu as obras depois de o operador privado, a quem foi subconcessionado o plano de mobilidade turística e quotidiana, ter recusado realizar as intervenções que tinha assumido executar num contrato celebrado em fevereiro.
O plano é a principal contrapartida pela construção da barragem de Foz Tua e contempla a reativação de cerca de 30 quilómetros, entre a Brunheda e Mirandela, da desativada linha do Tua, com a circulação de um comboio turístico e outro para transporte das populações ribeirinhas realizado pelas antigas carruagens do metro de Mirandela.
O projeto contempla também passeios de barco na nova albufeira que submergiu cerca de 20 quilómetros da ferrovia entre a Brunheda e a foz do Tua.
A barragem já está em produção e a EDP, a concessionária, tem assegurado o financiamento necessário para as contrapartidas, mas o plano de mobilidade tem estado num impasse com vários anúncios do arranque seguidos de recuos por novas exigências de segurança na linha e, o mais recente, pela desistência da realização das obras por parte do operador turístico, Mário Ferreira.
A empresa Mystic Tua, do empresário dos passeios no Douro, continua com a exploração do plano de mobilidade, mas quem vai fazer as últimas obras é a Agência, também ela uma contrapartida pela construção da barragem, e que reúne a EDP e os cinco municípios da área, concretamente Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Vila Flor, Alijó e Murça.
Os trabalhos que vão ser realizados nos próximos meses destinam-se, segundo divulgou hoje a Agência, a “que fiquem garantidas as condições de segurança necessárias para a implementação do plano de mobilidade”.
A promotora explicou que “as obras que consistem na estabilização dos taludes em escavação e aterro em simultâneo com as intervenções de desmonte de pedras/blocos e reabilitação da via-férrea têm um orçamento de cinco milhões de euros”.
A este valor “acresce o montante de 600 mil euros referentes a um segundo contrato, já estabelecido com a empresa Efacec, referente à instalação de um sistema de deteção de queda de blocos ao longo da linha”.
Esta última empreitada “será consignada também nos próximos dias”.
O valor global de investimento é de 5,6 milhões de euros e é assegurado pela EDP, Agência e Infraestruturas de Portugal (IP).
De acordo com a Agência, “neste momento, já decorre a montagem de estaleiros e o transporte para o local da intervenção de equipamentos e materiais necessários para a realização dos trabalhos”.
A Agência explica ainda que “estas intervenções resultam de vistorias e avaliações feitas à linha em 2017 e 2018, que obrigaram à realização de trabalhos de estabilização e reabilitação”.
Os promotores do plano de mobilidade reconhecem que este “tem sido um processo moroso, complexo e delicado, a exigir muita discussão e concertação”.
“Por um lado, por se tratar de uma resposta inédita em Portugal, a afetação de uma linha férrea a exploração privada, por outro, pela exigente intervenção na infraestrutura necessária para garantir todas as condições de segurança da linha”, salientam.