Cimeira luso-espanhola na Guarda valoriza o território e a cooperação ibérica

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou ontem que a próxima cimeira luso-espanhola vai realizar-se na Guarda, entre o final de setembro e início de outubro.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, disse hoje que a cimeira luso-espanhola, que vai realizar-se na cidade, entre o final de setembro e início de outubro, valoriza o território e a cooperação ibérica.

“Esta cimeira valoriza o território, valoriza a cooperação ibérica e valoriza a Guarda, como cidade transfronteiriça. Afirma também esse eixo importante do seu desenvolvimento que é potenciar a colaboração que já faz” através do Centro do Estudos Ibéricos, com as Universidades de Coimbra e de Salamanca, e o Instituto Politécnico da Guarda, disse o autarca à agência Lusa.

Carlos Chaves Monteiro sublinhou que, através do Centro de Estudos Ibéricos, a Guarda já trata “de interesses comuns, de partilha científica, de partilha de investigação e de conhecimento”.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou ontem que a próxima cimeira luso-espanhola vai realizar-se na Guarda, entre o final de setembro e início de outubro, tendo como tema central a estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço.

António Costa falava em conferência de imprensa conjunta com o líder do Governo espanhol, Pedro Sánchez, em São Bento, após um encontro que se destinou sobretudo à preparação da próxima reunião do Conselho Europeu, nos dias 17 e 18, em Bruxelas.

“Temos adiado por motivos vários essa cimeira luso-espanhola, mas, seguramente, entre o final de setembro e o início de outubro, vamos poder realizá-la na Guarda. Vai ter como tema central um projeto que temos vindo a trabalhar em conjunto nos últimos anos, que é a definição de uma estratégia comum de desenvolvimento transfronteiriço”, disse.

António Costa considerou depois que esse projeto comum com Espanha “é uma prioridade fundamental para responder à atual crise”.

“Em toda a União Europeia, a fronteira Portugal/Espanha é a única que não é fator de maior desenvolvimento, mas, pelo contrário, tem sido local de despovoamento e de empobrecimento. Temos de robustecer estes territórios para podermos sair da crise”, justificou.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda espera que na cimeira sejam tomadas decisões que comprometam “o futuro de cooperação, de colaboração, de desenvolvimento” dos dois países “que há muito partilham uma história comum”.

Carlos Chaves Monteiro espera que no encontro entre os chefes dos Governos de Portugal e de Espanha também possam ser criadas “novas dinâmicas de desenvolvimento” para os territórios transfronteiriços.

“[As expectativas em relação à cimeira] são muito positivas, desde logo, porque as relações entre Portugal e Espanha são para nós, Portugal, da maior importância”, apontou.

O autarca disse, ainda, que “num período de pandemia tão importante como este em que é preciso tomar medidas conjuntas, é importante haver uma articulação entre os dois Governos, protegendo as populações de um e do outro lado da fronteira”.

A concelhia da Guarda do PS congratulou-se também com o anúncio e disse que o concelho será o “centro da definição desta estratégia que será a “prioridade fundamental para responder à atual crise”.

“O Governo Socialista reafirma a intenção de robustecer estes territórios para podermos sair da crise. O simbolismo desta escolha é um orgulho para o PS Guarda e um motivo para continuar a acreditar que o PS nunca falta, nem faltará, à Guarda”.


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