Ciência Viva mostra até setembro o habitat e galeria de arte rupestre do Vale do Côa

O Centro de Ciência Viva do Museu do Côa vai mostrar até setembro a galeria de arte rupestre ao ar livre através de um conjunto atividades multidisciplinares que vão desde a geologia, biologia ou arqueologia, foi hoje divulgado.

“Todas as atividades serão acompanhadas por diversos especialistas nas mais diferentes áreas do saber, em ações que são dirigidas às famílias, público em geral, jovens e crianças”, disse à Lusa a coordenadora deste centro de Ciência Viva, Vera Carvalho.

De acordo a coordenadora, no Vale do Côa existe uma imensa galeria de arte ao ar livre que começou a ser gravada “pelo talentoso artista do Paleolítico, há cerca de 30 mil anos”.

“Numa visita ao núcleo arqueológico do Fariseu (30.000 anos) o visitante poderá observar toda a avifauna do Vale do Côa, a suas formações geológicas, a bordo de um embarcação eletrossolar até chegar a este emblemático núcleo de arte rupestre, como mais de 30.000 anos”, exemplificou Vera Carvalho.

Já a presidente da Fundação Côa Parque (FCP), Aida Carvalho, disse que este programa de férias é enriquecedor para todos aqueles que queiram aprofundar o saber nas áreas da ciência e da cultura, território tão emblemático como é o Vale do Côa e seu habitat e a arte rupestre.

“Os conteúdos abordados são relevantes para várias áreas do saber. Não apenas para a história, a geografia, a avifauna ou os estudos artísticos, mas também para a geologia, a biologia, botânica ou a comunicação e imagem”, indicou a responsável pela FCP.

As iniciativas programadas para este verão pretendem ainda juntar a atividade científica que atualmente se desenvolve no Parque Arqueológico do Vale do Côa (PACV), com a área educativa existente no Museu do Côa, situado em Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.

Pelo país estão espalhados 20 Centros de Ciência Viva.

Vera Carvalho disse ainda que para terminar este campo de férias haverá um conjunto de atividades que contará com a presença da ilustradora Abigail Ascenso, que vai promover um ateliê de impressão de imagem ligado às mais diversas áreas deste território, que é classificado como Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

O Museu do Côa constitui-se como o portal que permitirá aos visitantes começar a descobrir a arte rupestre dos vales do Côa e do Douro.

Esta unidade museológica é também um centro de acolhimento para investigadores que desejam estudar o Côa aproveitando a maior biblioteca nacional dedicada à arte rupestre.

O PAVC detém mais de mil rochas com manifestações rupestres, identificadas em mais de 80 sítios distintos, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há cerca de 30.000 anos, o que faz deste local a maior galeria do mundo deste tipo de arte do Paleolítico Superior.


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