Após um ciclo de 12 anos em alta, a tendência provavelmente já terá invertido, de acordo com os analistas do Goldman Sachs.
Os especialistas cortaram as suas estimativas para o preço do ouro, revendo em baixa o preço-alvo para três meses, de 1.825 dólares para 1.615 dólares. O Goldman Sachs reviu ainda em baixa os ‘targets’ a seis e 12 meses, de 1.805 para 1.600 dólares e de 1.800 para 1.550 dólares a onça. O ouro perde 5% este ano, pressionado por uma melhoria dos dados macroeconómicos, uma recuperação nos mercados acionistas e por políticas de maior flexibilidade do banco central norteamericano aos programas de estímulo. Além disso, os receios de subida da inflação continuam a não materializar-se, o que está a levar muitos investidores a desfazerem parte das suas posições no metal amarelo. É o caso de George Soros e Louis Moore Bacon, que cortaram parte da sua exposição no último trimestre, enquanto John Paulson manteve o investimento. Paulson ficou conhecido por ter antecipado a crise do subprime, fazendo fortuna nesse ano. No entanto, as suas apostas têm saído goradas desde então. O investimento em ouro através de ‘exchange-traded funds’ (ETF) deverá registar este mês a maior queda desde Janeiro de 2011, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. «A inversão no ciclo do ouro provavelmente já terá começado», escrevem os analistas do Goldmnan Sachs após terem previsto o fim do seu ‘bull market’ a 5 de dezembro. Adiantando que: «O último colapso nas posições detidas em ETF está em claro contraste com a noção de que o investimento em ETF era sustentado por alocações de longo-prazo em vez de negociações de curto-prazo». Também o Credit Suisse dizia que: «Um inevitável relaxamento de um ‘bull market’ de 12 anos no ouro já começou». O ouro segue hoje a cotar nos 1.597 dólares, preparando-se para o seu quinto mês de quedas, o que será o seu pior ciclo desde 1997, e depois de o investimento em ETF terem caído para mínimos de cinco meses.