As bolsas europeias registam perdas acentuadas, com a banca a ser o sector mais pressionado.
As principais bolsas europeias não escaparam à grave situação das financias cipriotas. Ao longo da sessão, não se registou qualquer inversão na tendência negativa, nem mesmo quando a Gazprom se propôs pagar o resgate do Chipre em troco dos direitos de exploração das reservas de gás do país. Assim, o PSI 20, o principal índice da Euronext Lisbon, perdeu 1,26% para os 6.108,07 pontos. Na mesma linha o espanhol Ibex regrediu 1,29%, o francês CAC caiu 0,48%, o italiano Mib cedeu 0,96% e o alemão Dax tombou 0,41% A condicionar os investidores está o facto de a nova taxa sobre os depósitos no Chipre ser uma das condições para o país obter o resgate internacional de 10 mil milhões. Deste modo, o sector bancário acabou por ser o que mais acusou a pressão vendedora. “As fortes quedas na banca não estão ligadas com os seus fundamentais específicos, mas antes com a decisão tomada no Chipre, que criou o receio que a mesma taxa possa vir a ser cobrada noutros países resgatados e que pôs fim ao sentimento positivo que se vivia quanto à economia norte-americana”, disse João de Deus, ‘trader’ da Dif Broker, à Reuters. Por Lisboa, o BES liderou as quedas ao desvalorizar 5,1% para os 0,93 euros. Na mesma linha, o BCP tombou 3,6% até aos 0,107 euros, enquanto o BPI caiu 0,72% para 1,10 euros. Já o Banif manteve-se nos 0,13 euros. Também o índice da Bloomberg para a banca perdeu 1,24%, com os bancos Royal Bank of Scotland, KBC, Bankinter e Unicredit a lideraram as quedas. Com 12 cotadas no vermelho, sete no verde e uma inalterada, a PT (-1,31%), EDP (-0,45%), Renováveis (-1,63) e a Galp (-0,29%) também não escaparam à pressão vendedora. Entre as ‘commodities’, o ‘brent’, que serve de referência às importações portuguesas perde 0,67% para os 109,68 dólares por barril. A Novabase, que hoje se estreou no PSI 20, fechou a sessão a ganhar 0,33% para os três euros, sendo uma das raras excepções. No mercado cambial, o euro recua 0,74% para os 1,2979 dólares. Já o ouro, considerado um dos activos de refúgio por parte dos investidores, ganha 1% para os 1607,79 dólares a onça.