Catedral da Guarda com visitas pagas

As visitas à Sé catedral da Guarda começaram a ser pagas desde quarta-feira, 1 de julho.

O preço terá um valor simbólico de 1 euro para quem quiser visitar o interior do monumento e de 2 euros para subir aos terraços.
Desde quarta-feira que este serviço está a ser garantido por uma técnica contratada pela Paróquia da Sé, que passou a ter a responsabilidade do serviço de visitas ao monumento mais emblemático da Guarda. Alcina Camejo, arqueóloga, que já trabalhou para a Câmara Municipal da Guarda, é a garante deste serviço que pretende acolher e receber bem todos os que quiserem conhecer melhor a Sé da Guarda.
Carlos Lages, pároco da Sé, explicou ao jornal A GUARDA que “a funcionária vai trabalhar de terça a domingo, sendo o dia de folga a segunda-feira, mas a paróquia está a tentar encontrar a melhor forma de manter a Sé aberta todos os dias, ao longo dos meses de verão”. E acrescentou: “Vamos tentar ter sempre alguém, mesmo no dia de folga da funcionária”.
Para valorizar a visita, a paróquia está a preparar um vídeo de “mais ou menos dez minutos” que será apresentado no início do percurso, bem como um guião que ajudará a perceber a história do monumento.
Futuramente haverá a possibilidade de marcação prévia de visita para grupos. Nesse sentido a Paróquia da Sé pretende fazer a divulgação deste serviço junto das agências de viagens, principalmente nas que se dedicam ao turismo religioso.
As entradas continuarão a ser pela porta virada para a Praça Velha e a recepção aos visitantes funcionará numa das capelas laterais que até agora tem servido de sacristia paroquial.
Carlos Lages disse ao jornal A GUARDA que “a Sé da Guarda era a única que ainda tinha funcionários da Direção Regional de Cultura do Centro e que, a partir de agora, será a paróquia a assumir todos os encargos”. O Pároco da Sé está confiante no “bom acolhimento” a todos os visitantes.
Para complementar a visita à Sé, considera que seria importante a criação de uma rota que incluísse algumas igrejas da cidade, nomeadamente a Igreja de São Vicente, da Misericórdia e do Mileu. Sobre a capela do Mileu, de estilo românico e que tem associadas escavações arqueológicas, Carlos Lages considera que está muito mal divulgada e que é desconhecida da maior parte das pessoas.
Recorde-se que a construção da atual Sé da Guarda remonta aos finais do século XIV, já no reinado de D. João I, por iniciativa do bispo Vasco de Lamego, partidário da casa de Avis durante a crise dinástica. As obras arrastaram-se e só no reinado de D. João III seriam concluídas, já em pleno século XVI, sendo um dos monumentos portugueses dos últimos tempos do gótico, com evidências claras da influência manuelina.


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