Castelo Branco rumou a Helsínquia e encontrou “excelentes oportunidades” de cooperação

A ‘Inovcluster’, juntamente com a Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro, representaram Portugal na “Smart Regions 2.0”, uma conferência organizada pela Comissão Europeia, em Helsínquia, que constituiu “uma excelente oportunidade” para estas entidades alargarem horizontes.

“A ‘Inovcluster’ – Associação do Cluster Agroindustrial do Centro – conta com 180 associados, empresas de áreas alimentares e complementares, e atua ao nível do setor agroindustrial, mais especificamente na região centro, apesar de que já tem uma representatividade ao nível dos associados de empresas do norte ao sul do país”, começou por explicar à agência Lusa a diretora executiva, Cláudia Domingues Soares.

Ao longo de dois dias (quinta-feira e sexta), foi discutidas na capital finlandesa políticas e medidas a aplicar para tornar mais regiões mais inteligentes e maximizar o potencial inovador da Europa.

“A Inovcluster, sediada em Castelo Branco, tem trabalhado de uma forma muito próxima com a Comissão de Coordenação da Região Centro esta temática das estratégias entre agentes de especialização e, portanto justifica-se totalmente aqui a nossa presença e o nosso envolvimento nestes grupos de trabalho que estão aqui a ser dinamizados”, apontou.

Por isso, esta já não é a primeira vez que participam neste género de eventos, tendo marcado presença na primeira conferência sobre regiões inteligentes dinamizada pela Comissão Europeia, que decorreu no ano passado em Bruxelas.

Na visão da responsável, “este é um projeto de continuidade e, portanto, acaba por ser um momento ótimo, uma excelente oportunidade para dinamizar relações de complementaridade e cooperação com outros países”.

“Inclusive temos ouvido agora durante estes dias que um dos grandes focos, uma das grandes linhas deve ser a cooperação entre os países e entre as regiões, e portanto este é o evento certo para também darmos continuidade e seguimento a esse grande desafio proposto pela União Europeia”, salientou.

O facto de estarem presentes, continuou, também potencializa “oportunidades para projetos europeus”.

“Além de dinamizar esta parceira, conhecemos novas entidades, existe esta possibilidade que nos permite ter reuniões bilaterais com outros ‘clusters’, com outros centros tecnológicos”, observou.

Quanto aos frutos da aposta de representar Portugal na capital finlandesa, Cláudia Domingues Soares elencou que o maior interesse passa pela “internacionalização, nomeadamente também com as entidades governamentais que estão presentes”.

“Fizemos há coisa de dois, três meses, uma ação promocional e de prospeção aqui na Finlândia, e o facto de estarmos aqui também é uma área que acabamos por estar também a reforçar, a da internacionalização”, advogou.

Questionada sobre os países para os quais se querem expandir, a diretora apontou Itália “porque acabam também por ter produtos similares”, e a Holanda, com quem inclusivamente já iniciaram “algumas relações”, e que também conta com “áreas comuns, nomeadamente ao nível dos hortofrutícolas”.

Já “aquela região com que temos mais proximidade [na componente estratégica de inovação] efetivamente é a Estremadura, por uma questão de proximidade física”, disse.

Para a diretora, a conferência “Smart Regions” permitiu ainda “ter uma visão integradora e diferenciadora”, bem como “perceber como é que estão a ser implementadas nas outras regiões as estratégias inteligentes de especialização”.

Dos concelhos e opiniões que ouviu ao longo dos painéis que preencheram os dois dias, e envolveram diversas entidades, Cláudia aponta que a região centro está “no caminho certo de desenvolvimento”, uma vez que a metodologia escolhida é a mesma “que foi aplicada noutros países”.


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