O administrador da empresa apresentou o pedido de declaração de insolvência daquela unidade sediada na vila de Caria.
A confirmação deixada pelo presidente do sindicato têxtil da Beira Baixa no final duma reunião com as cerca de 200 trabalhadoras da empresa para analisar a situação. Recorde-se que em finais de julho os funcionários avançaram com a suspensão dos contratos alegando o pagamento de salários em atraso e receberam agora a comunicação do administrador da insolvência. Luís Garra não se mostra surpreendido com a situação mas lamenta que o administrador da insolvência não se tenha empenhado em apresentar uma estratégia de viabilização da empresa “isto enquadra-se na estratégia que já tínhamos previsto e que em vez de se apostar num processo de recuperação para retomar a laboração está a seguir-se um processo de destruição para, eventualmente, dar cobertura a alguém que possa aparecer como o salvador da pátria e criar meia dúzia de postos de trabalho”. A assembleia de credores das “Carveste” está marcada para o próximo dia 13 de dezembro e o sindicato vai agora aguardar pelo relatório final do administrador da insolvência que deve propor um plano de recuperação ou recomendar a liquidação da empresa. Para já, e até que seja tomada uma decisão final, os trabalhadores ficam no desemprego “apesar de eles irem proceder à extinção dos postos de trabalho mas é bom que se lembrem que enquanto credores, o conjunto de trabalhadores tem algum peso na decisão final que vier a ser tomada; vamos por isso aguardar pela realização da assembleia de credores e também para conhecer qual a proposta que o administrador vai apresentar para o futuro”.