Caminhada na linha férrea contesta suspensão de circulação entre Covilhã e Guarda

A iniciativa de protesto decorre amanhã, dia 11, com início pelas 9 horas na estação de caminhos de ferro da Covilhã. A Câmara da Covilhã promove uma caminhada pela linha de caminho-de-ferro entre aquela cidade e a Guarda, no sábado, como forma de protesto contra a suspensão das obras e da circulação naquele troço. Os […]

A iniciativa de protesto decorre amanhã, dia 11, com início pelas 9 horas na estação de caminhos de ferro da Covilhã.
A Câmara da Covilhã promove uma caminhada pela linha de caminho-de-ferro entre aquela cidade e a Guarda, no sábado, como forma de protesto contra a suspensão das obras e da circulação naquele troço. Os comboios deixaram de circular entre a Covilhã e a Guarda em fevereiro de 2009 para renovação da via, mas depois de investidos 7,5 milhões de euros não houve mais dinheiro para concluir os trabalhos. Fonte governamental disse hoje à Lusa que os trabalhos são para avançar «em momento oportuno e assim que assegurado o necessário financiamento». A iniciativa de protesto de sábado foi proposta pela bancada do PSD na assembleia municipal da Covilhã e terá início pelas 9 horas na estação de caminhos-de-ferro da cidade, de onde os comboios agora só partem para sul. Jorge Humberto Saraiva, autor da proposta, disse à agência Lusa que os participantes deverão caminhar em direção à Guarda por entre sete a oito quilómetros de carris sem circulação, mas não deverão avançar muito mais. Pouco depois da povoação do Canhoso, «o matagal cresceu e tomou conta da linha: não há condições para avançar com segurança», referiu, após uma visita de reconhecimento do percurso. O protesto justifica-se pela necessidade de «aproximar as duas cidades», bem como pela urgência de manter em funcionamento «uma ligação de Portugal à Europa», referiu, destacando o papel que o troço sempre assumiu como alternativa à Linha da Beira Alta na ligação entre Lisboa e Espanha. Em resposta a questões colocadas pela agência Lusa, fonte do Ministério da Economia, do qual depende a Secretaria de Estado dos Transportes, referiu que a Refer deverá concluir as obras de renovação da linha «em momento oportuno e assim que assegurado o necessário financiamento». Segundo a mesma fonte, no troço Covilhã – Guarda, o montante de investimento já realizado é de 7,5 milhões de euros, sem contabilizar os custos de estudos, projetos e fiscalização. O valor inclui a renovação integral da via numa parte de cerca de 10 quilómetros, concluída em janeiro de 2010, o alargamento da passagem inferior da Baiuca (junto ao Canhoso, Covilhã), terminado em junho de 2010 e ainda o reforço do Túnel do Sabugal, concluído em abril de 2011. «Face às restrições impostas pela conjuntura económica e financeira, as restantes intervenções programadas foram suspensas, não permitindo assim repor as adequadas condições de exploração e, em resultado, reabrir o troço à exploração», justificou.

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