Câmara de Seia angaria sete mil euros em conta solidária

O fundo de apoio destina-se em exclusivo para ajudar diretamente as famílias afetadas pelos incêndios florestais do concelho de Seia.

A Câmara Municipal de Seia anunciou ontem que angariou mais de sete mil euros numa conta bancária criada para apoiar as famílias do concelho que foram atingidas pelos incêndios dos dias 15 e 16.

A autarquia anunciou em comunicado enviado à agência Lusa que através da conta solidária foi angariado, até ao momento, “o montante de 7.143,69 euros”.

“O fundo de apoio, conta solidária gerida por esta Câmara Municipal, destina-se em exclusivo para ajudar diretamente as famílias afetadas pelos incêndios florestais do concelho de Seia”, refere a fonte, que justifica a divulgação da verba angariada por “questões de transparência e rigor”.

A autarquia, presidida por Carlos Filipe Camelo, explicou que “perante as manifestações de disponibilidade de apoio em termos financeiros de cidadãos e empresas, para ajudar as vítimas dos incêndios” que assolaram o concelho, decidiu proceder à criação de uma conta solidária.

Os recursos financeiros angariados com a conta solidária (criada na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, com o IBAN: PT50-0045 4080 4029 3110 5079 5) serão “exclusivamente investidos” no apoio direto às famílias afetadas pelos incêndios florestais do concelho, nomeadamente “na recuperação de imóveis de habitação e na criação de condições que permitam restaurar a sua qualidade de vida”.

A Câmara Municipal de Seia anunciou também hoje que presta apoio aos lesados pelos incêndios no preenchimento da declaração que a Direção Regional de Agricultura e Pescas reabriu com a finalidade de proceder ao levantamento e registo dos prejuízos agrícolas.
O gabinete de apoio aos agricultores funciona no Largo da Câmara Municipal de Seia (junto ao parque infantil), de segunda a sexta-feira, das 09:00 às 17:00.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.


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