O autarca, que falava na sessão de assinatura do contrato interadministrativo de transferência do Museu para a Câmara Municipal, celebrado entre a autarquia e a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), disse que o projeto do “quarteirão das artes” é para concretizar nos próximos seis anos.
Álvaro Amaro adiantou que no futuro “quarteirão das artes” será incluído “um Museu da Cidade, que pode ser de arte contemporânea também”.
“Vai ser para mostrarmos a quem nos queira visitar e mostrarmos a todos que queiram analisar e ver a rica história da cidade da Guarda e desta região”, acrescentou.
O autarca acredita que quando o projeto estiver concretizado será um ponto “de grande atração e, sendo de grande atração, é importante para a economia, é importante para o desenvolvimento”.
Adiantou que irá nomear, no último trimestre deste ano, uma equipa para desenhar o plano funcional do projeto e uma outra para “pensar” na arquitetura do futuro “quarteirão das artes”.
“Estamos a falar até ao fim do Programa 2020, estou a projetar até 2020, mas projetá-lo é a minha responsabilidade e a segunda responsabilidade é discuti-lo com a cidade da Guarda”, adiantou.
Álvaro Amaro admitiu que no final de 2016, ou no primeiro trimestre de 2017, a Câmara Municipal possa “estar em condições de discutir com a cidade o que é o plano funcional” do novo espaço cultural da cidade.
“Eu quero a maior democraticidade na discussão daquilo que é algo com muita ambição e que pode ser uma grande requalificação de todo este espaço como uma nova sala para a cidade da Guarda”, concluiu.
No espaço do futuro “quarteirão das artes”, no edifício que no passado funcionou como Paço Episcopal, estão atualmente instalados o Museu da Guarda e o Centro Cultural e existe um espaço destinado ao futuro Museu de Arte Sacra.
Na cerimónia, realizada com a presença dos secretários de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e da Administração Local, António Leitão Amaro, o autarca da Guarda anunciou ainda que no plano de investimentos da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, submetido ao programa Portugal 2020, está incluída uma verba de 400 mil euros “para se comprar um órgão [de tubos] para a Sé da Guarda”, no seguimento de um desejo já antigo da Diocese.
Na ocasião, foi ainda celebrado um protocolo entre o secretário de Estado da Cultura e o Bispo da Guarda, Manuel Felício, que prevê a transladação do Retábulo de Nossa Senhora da Anunciação do Museu para a Capela dos Ferros da Sé Catedral local.
O retábulo foi mandado fazer por Luís d’Abreu Castello Branco e Dona Francisca de Pina, para a sua Capela Funerária dos Ferros, na Catedral, tendo sido daí retirado e depositado no Museu, em 1946, aquando da intervenção de restauro no monumento.
