A Câmara da Guarda aprovou esta segunda-feira, por maioria, a fusão das duas empresas municipais que gerem equipamentos culturais e desportivos e a criação de uma nova entidade designada “Guarda Dinâmica”.
O executivo, presidido por Joaquim Valente (PS), decidiu na reunião desta segunda-feira proceder à fusão das empresas municipais “Culturguarda” (que faz a gestão do complexo do Teatro Municipal) e da “Guarda, Cidade Desporto” (que gere o complexo das piscinas municipais). A decisão foi tomada por maioria, com os votos a favor dos cinco eleitos do PS, com o voto contra do vereador Rui Quinaz (PSD) e com a abstenção da vereadora social-democrata Ana Fonseca. O autarca Joaquim Valente explicou que a deliberação surge com o objetivo de a Guarda «não ficar sem serviços ao cidadão» nas áreas da cultura e do desporto. «Nós queremos continuar a fixar jovens, a criar condições para que se tenha qualidade de vida na nossa terra e no nosso concelho», justificou. Disse que as duas empresas têm atualmente 66 trabalhadores com vínculo contratual e que, neste momento, «ainda é prematuro» falar em dispensa de assalariados. Joaquim Valente referiu que o processo «está a ser desenvolvido com alguma dinâmica», esperando que a criação da nova empresa municipal possa estar concretizada «durante o primeiro semestre ou no início do segundo semestre» deste ano. «O que temos que criar é uma nova empresa que responda aos critérios emanados do Governo. Esta empresa tem que perfazer, num ano económico, 50% dos encargos totais. Segundo as nossas contas, é possível», disse o autarca. O vereador do PSD Rui Quinaz justificou o voto contra por discordar do estudo económico e financeiro que suporta a criação da nova empresa municipal “Guarda Dinâmica”. A vereadora social-democrata Ana Fonseca absteve-se na votação por considerar que o documento elaborado pela maioria socialista lhe levanta «bastantes reservas». Já o vice-presidente da autarquia disse durante a discussão do assunto que a fusão das duas empresas municipais «é aquela que melhor garante a gestão dos equipamentos e também a questão dos recursos humanos». Virgílio Bento observou, ainda, que a sua fusão não representa ganhos para a autarquia da Guarda, porque os elementos dos dois atuais conselhos de administração «não recebiam» vencimentos. «No caso da Guarda, passa a haver apenas um conselho de administração, mas os custos são os mesmos: nenhum», apontou. A fusão das empresas municipais terá de ser ratificada em Assembleia Municipal e posteriormente avalizada pelo Tribunal de Contas e pelo Ministério das Finanças.