O processo vai ser desenvolvido pela empresa de biocombustíveis Bio-bean, especializada em transformar resíduos de café em energia, numa fábrica com a capacidade para processar 50.000 toneladas de borras de café.
Segundo o Edie, a Bio-bean venceu o concurso Low Carbon Entrepreneur Award de 2012, o que viabilizou o projeto. “O sucesso dos vencedores [deste prémio] demonstra que existe um mercado gigante para estas ideias tecnológicas. Eles fizeram a pior parte e os londrinos podem hoje gozar o seu café matinal sabendo que a sua cafeína irá também aumentar os níveis de energia de 15.000 habitações”, sugeriu Boris Johnson.
A Bio-bean é a primeira empresa do mundo a industrializar o processo de reciclagem de borras de café em produção de biocombustível. Cada tonelada de borra reciclada poupa até 6,8 toneladas de CO2. A empresa já trabalhou com a rede ferroviária de Londres, nas estações de Victoria e Waterloo, gerando 650 toneladas de biocombustível.
“O [prémio] foi um grande começo [para a Bio-bean]”, revelou Arthur Kay, CEO da empresa. “O serviço de recolha de Londres é um marco no nosso desenvolvimento no Reino Unido, uma vez que recolhemos borras de café em todas as escalas, poupamos dinheiro em recipientes para colocar as borras e criamos vantagens sustentáveis para cada um dos nossos clientes”, concluiu.
A apresentação do projeto coincidiu com o lançamento da edição de 2016 do Low Carbon Entrepreneur Award. O vencedor receberá €27.000 e garante um palco para poder demonstrar a sua ideia sustentável.