Boom Festival promove reflorestação, uso de bicicletas e bioconstrução

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O objetivo é aproveitar o festival para fomentar “mudança social”. Até ao momento já foram plantadas cerca de 450 árvores.

O Boom Festival, a decorrer em Idanha-a-Nova de 11 a 18 de agosto, aposta em várias soluções ambientais, como a utilização de bicicletas e a bioconstrução, além de promover a reflorestação da área que ocupa, anunciou nesta terça-feira a organização.

O objetivo das iniciativas é “usar a oportunidade do festival para a mudança social”, explica uma informação da organização, realçando que já foram plantadas cerca de 450 árvores, de um plano que avança todos os anos e contempla milhares de plantas, como azinheiras, sobreiros, medronheiros, salgueiros cinzentos ou freixos.

A reflorestação da Herdade da Granja, onde decorre o festival a cada dois anos, pretende aumentar a biodiversidade e recuperar as espécies autóctones, “fundamentais para a fauna típica da região”, sendo mais um projecto do programa de sustentabilidade da iniciativa.

Na 11.ª edição do Boom Festival, a decorrer de 11 a 18 de agosto, o aumento do número de participantes que utiliza a bicicleta para chegar a Idanha-a-Nova, alguns vindos de outros pontos da Europa, levou a organização a criar a “Boom Bike Village”, para apoiar este grupo e criar melhores condições para a mobilidade dos ciclistas.

“Será mais do que uma simples oficina, integrando iniciativas para promover o uso deste meio de transporte alternativo e não poluente”, explica o Boom Festival, acrescentando que os ‘bloomers’ ciclistas vão permitir uma redução de 20 toneladas de dióxido de carbono (CO2).

No mesmo sentido vai a disponibilização de 190 autocarros, já que a organização espera repetir ou melhorar aquilo que foi conseguido na última edição, quando foi evitada a emissão de mais de 800 toneladas de CO2, através do transporte de 6.660 passageiros.

Este ano são esperadas mais de 8.100 pessoas, vindas de autocarro de Lisboa e Madrid, assim como de cidades francesas e suíças.

Da lista de soluções amigas do ambiente utilizadas pelo Boom Festival constam ainda os sistemas de filtragem de águas, reciclagem e bioconstrução, que “permitem melhorar o saneamento e testar soluções de arquitectura temporária”, explica a organização.

Uma das novidades apresentadas pelo Boom Festival é a utilização de cartão para algumas das suas estruturas, contemplando a construção de fachadas, ‘stands’, mobiliário e decoração.

“Temos usado superadobe, fardos palha, bambú, madeira vinda de fontes certificadas, e desta vez escolhemos o cartão”, refere Artur Mendes, um dos organizadores, citado na informação do Boom.

O recurso a materiais naturais na construção do Boom permitem, segundo os organizadores, “reduzir consideravelmente a necessidade de energia usada no fabrico e no transporte de materiais industrializados”.

Na edição de 2014, foram produzidas 44 toneladas de lixo orgânico que foram enviadas para uma unidade de compostagem e transformadas em cerca de nove toneladas de fertilizante.

A organização do festival de Idanha-a-Nova alerta que os bilhetes ‘online’ estão esgotados e, “para evitar esquemas e mercado negro de bilhetes, todos os ingressos são pessoais e electrónicos”, o acesso ao festival “requer um documento de identificação oficial com foto ou passaporte para confirmação de identidade”.


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