Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Egitanienses comemora no domingo o 137º aniversário com a presença do ministro Miguel Macedo.
A assinatura do contrato de aquisição de um veículo multifuncional é um dos pontos altos das comemorações do 137º aniversário da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Egitanienses. Outro momento marcante da sessão solene, agendada para domingo, é a entrega à instituição da medalha de mérito de proteção e socorro, grau ouro e distintivo azul, pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. O presidente dos Bombeiros da Guarda adianta que não vai fazer «nenhum pedido especial» ao governante, mas reconhece que há «sempre algumas questões e reclamações a apresentar, mas mais a pensar nos bombeiros em geral do que em específico da Associação da Guarda». Assim, Luís Borges indica que o atual modelo de financiamento vai ser alvo de «reparos», pois deixa as associações «à conta de uma discricionariedade das Câmaras que não pode acontecer», uma vez que «não há um critério objetivo de atribuição de subsídios por parte dos municípios». No caso concreto dos Voluntários Egitanienses, «há dois anos que a Associação não recebe nenhuma verba da Câmara da Guarda», existindo apenas a «amortização» de um montante referente ao triénio 2009-2011 com o pagamento de cinco mil euros por mês». Ainda assim, o dirigente adianta que a situação financeira da Associação Humanitária é «estável», fruto de uma «gestão rigorosa e equilibrada» que não «entra em opções que possam comprometer o equilíbrio económico» da corporação. Contudo, Luís Borges reconhece que «o que nos tem valido é a retribuição que nos tem sido paga pelos transportes de doentes porque com o dinheiro que nos é dado pela Câmara da Guarda seria complicado». Quanto ao número de elementos do corpo ativo, a associação tem 106 pessoas inscritas, o que é «o número suficiente de elementos». Já em termos de meios operacionais, «está prevista a receção de duas ambulâncias em setembro», bem como a «aquisição de um veículo multifuncional», cuja assinatura do contrato de aquisição terá lugar no domingo. Tal como sugere a designação, essa viatura tanto poderá intervir no socorro e emergência como fazer de limpa-neves «sempre que necessário», refere Luís Borges. O veículo ficará «a custo zero» para a Associação, uma vez que é comparticipada pelo QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional e a componente nacional foi atribuída em 2001 pelo Governo Civil e desde essa altura que tem sido «religiosamente guardada» para este fim, realça o responsável. O prazo de entrega do veículo é de quatro meses, pelo que já estará no quartel no próximo inverno. Quanto ao futuro, o presidente da Associação Humanitária sustenta que será dada «continuidade ao que tem sido feito» com o propósito de «cumprir o desígnio de servir a população o melhor possível».