Principais índices europeus continuam em zona de ganhos e Lisboa regista o melhor desempenho.
A puxar pelas cotações está sobretudo a expetativa de que o Banco Central Europeu (BCE) vai cortar juros muito em breve para reanimar a economia. Essa expetativa foi reforçada com a divulgação esta manhã do índice de gestores de compras da Markit para os serviços e a manufatura na zona euro, que contraíram em abril pelo 15º mês consecutivo e pressionaram o euro para baixo dos 1,30 dólares. Contagiado pela frente externa, o PSI 20, o principal índice da Euronext Lisbon, avança 2,14% para os 5.978,05 pontos. A praça lisboeta lidera mesmo nesta altura os ganhos na Europa. O espanhol Ibex avança 1,41%, o italiano Mib ganha 0,91% e o francês CAC valoriza 1,55%. Também o alemão Dax sobe 0,53%. Alguns resultados empresariais divulgados estão manhã contribuem para suportar as cotações. Os títulos da banca estão na primeira fila dos ganhos em Lisboa. As ações do BES progridem 4,76% cotando nos 0,815 euros. No mesmo sentido, o BPI sobe 5,86% para os 1,030 euros. Já o BCP progride 6,19% até aos 0,103 euros, ainda a beneficiar da venda do Millennium Bank na Grécia ao Piraeus Bank. Um negócio que é visto pelos analistas como crucial para aliviar a pressão sobre o capital do BCP. Ao mesmo tempo, no mercado secundário de dívida, as taxas de juro implícitas da dívida portuguesa descem em todas as maturidades. A 10 anos, o prazo de referência, a ‘yield’ recua para 5,899%. A puxar pelo índice português está ainda o desempenho da Jerónimo Martins (+2,33%), que divulga amanhã os resultados dos primeiros três meses de 2013, antes da abertura da bolsa. Segundo uma poll da Reuters junto de oito analistas, o lucro líquido da retalhista terá ascendido a 74 milhões de euros, contra 68 milhões no mesmo período de 2012. Nota positiva para os ‘pesos pesados’ Portugal Telecom (+0,52%), EDP (+0,52%) e Galp (+1,2%). A petrolífera aprovou ontem a distribuição total de dividendos no montante de 199 milhões de euros, correspondentes a 24 cêntimos por acção, e mantém-se hoje em terreno positivo apesar de o barril de ‘brent’ estar a recuar mais de 1% para 99,34 dólares.