BE anuncia impugnação da candidatura de Álvaro Amaro à Guarda

O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara da Guarda anunciou que o seu partido vai apresentar hoje, no tribunal da cidade, um pedido de impugnação da candidatura liderada por Álvaro Amaro. Álvaro Amaro, que cumpre o terceiro mandato consecutivo como presidente da Câmara de Gouveia, «não pode» concorrer à presidência do município da […]

O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara da Guarda anunciou que o seu partido vai apresentar hoje, no tribunal da cidade, um pedido de impugnação da candidatura liderada por Álvaro Amaro.
Álvaro Amaro, que cumpre o terceiro mandato consecutivo como presidente da Câmara de Gouveia, «não pode» concorrer à presidência do município da Guarda, sustenta o cabeça de lista do BE, Marco Loureiro, com base no entendimento que o partido faz da lei de limitação de mandatos. «Não estamos com receio do debate político» nem existe «nada no plano pessoal» contra Álvaro Amaro, salientou Marco Loureiro, que falava à agência Lusa, esta segunda-feira, à margem de um jantar de apresentação das listas do BE à Câmara e Assembleia municipais da Guarda, em que participou o ex-deputado e membro da Comissão Política Nacional do partido Pedro Soares. Trata-se de «defender princípios» e «o cumprimento da lei», disse o candidato bloquista. A 18 de junho, o Tribunal Judicial da Guarda já se tinha pronunciado sobre uma providência cautelar do Movimento Revolução Branca para impedir a candidatura de Álvaro Amaro à Câmara da Guarda. O tribunal decidiu que o Movimento Revolução Branca carecia de «legitimidade processual», por não ser titular «do direito de ação popular reivindicado», na questão sobre a candidatura de Álvaro Amaro. Sobre a eleição que se avizinha, a criação de emprego na Guarda é uma das principais preocupações do candidato do BE, para quem o poder local tem de apoiar e apresentar soluções para promover a criação de empresas e de postos de trabalho, designadamente para fixar na região os jovens formados no Instituto Politécnico da cidade. Segundo Marco Loureiro, é preciso travar o encerramento ou deslocalização de empresas e isso passa pela conclusão da renovação da linha ferroviária da Beira Baixa entre Guarda e Covilhã, troço onde diz que já foram investidos muitos milhares de euros na requalificação de túneis e pontes, mas que continua fechado e com as obras paradas há mais de três anos. A falta de vias de acesso e a introdução de portagens nas autoestradas A23 e A25 fazem com que haja empresas que estão a pensar sair da região, adverte o candidato do BE, considerando que estas situações são reflexo do «massacre» que está a sofrer a Guarda, e o interior do país em geral, e do «total desrespeito pelas pessoas» que ali vivem por parte da administração central. Para as eleições de 29 de setembro, foram anunciados mais cinco candidatos à presidência do município da Guarda, que é atualmente liderada pelo socialista Joaquim Valente, que não se candidata ao terceiro mandato. O PS candidata o advogado José Martins Igreja, de 57 anos, o PSD, em coligação com o CDS-PP, apresenta o atual presidente da Câmara Municipal de Gouveia, o economista Álvaro Amaro, 59 anos, e a CDU candidata o ambientalista Mário Triunfante Martins, de setenta. Concorrem ainda dois independentes: Virgílio Bento (58 anos, professor de Filosofia, ex-vice-presidente da autarquia e atual vereador sem pelouros) e Baltasar Lopes (52 anos, presidente da Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa).

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