Relatório encomendado por Draghi diz que BCE precisa de duplicar o número acual de trabalhadores para responder às novas funções.
O Banco Central Europeu (BCE) vai precisar de mais do que duplicar a sua atual força de trabalho e contratar cerca de 2 mil novos trabalhadores para garantir o cumprimento das suas novas funções de supervisão bancária, segundo um estudo citado hoje no Financial Times. O documento, encomendado por Mario Draghi e pelo conselho executivo do BCE e apresentado no mês passado, deixa várias recomendações ao banco central, nomeadamente a contratação rápida de novos funcionários para desempenhar com sucesso as suas novas funções e, deste modo, proteger a sua reputação. Segundo o diário económico britânico, o relatório foi elaborado pelo Promontory Financial Group (PFG) e oferece uma perspetiva da dimensão que o BCE terá quando assumir as novas competências no início do próximo ano. As recomendações não são vinculativas, mas o próprio Vítor Constâncio, vice-presidente do BCE, tinha já admitido que a instituição precisa de contratar funcionários para responder às suas novas funções. Outras das recomendações do PFG, mais na área de ‘governance’, é a de que os representantes nacionais do novo conselho de supervisão – onde terão ainda assento quatro representantes do BCE além de um presidente e do vice-presidente -, se abstenham de participar nos assuntos diretamente relacionados com os bancos do seu país para que as decisões sejam mais objetivas. No total, até 2017, serão 130 instituições bancárias que passarão a estar sob o olhar direto de Mario Draghi.