O Presidente cipriota, Nicos Anastasiades, assegurou que o controlo de capitais será “uma medida muito temporária”.
O banco central de Chipre impôs que todos os bancos estejam fechados até à próxima quinta-feira, alterando assim o prazo inicial, que previa a abertura das instituições bancárias para o dia de hoje. Regressado de Bruxelas, o Presidente cipriota, Nicos Anastasiades, anunciou “restrições muito temporárias” no movimento de capitais e assegurou “que será uma medida gradualmente reduzida.” “O acordo que fizemos é difícil, mas dadas as circunstâncias foi o melhor que conseguimos”, disse Anastasiades, numa declaração pela televisão, citada pela Reuters. Assim, apenas os depósitos superiores a 100 mil euros irão sofrer um ‘haircut’ de 30%. Os depósitos de valor inferior não serão sujeitos a qualquer imposto, respeitando-se assim a lei comunitária que garante os depósitos até este valor. Os bancos de Chipre estão fechados desde 16 de Março, data em que o Eurogrupo aprovou um plano de resgaste que previa um imposto extraordinário sobre todos os depósitos bancários. As instituições financeiras temem uma corrida aos depósitos e uma fuga do capital para fora do país. O Chipre deverá receber a primeira tranche do resgate no início de Maio.