Autárquicas/Guarda: CDS-PP perde um deputado e CDU fica sem representação na Assembleia Municipal

Ambos os candidatos, Honorato Robalo (CDU) e Pedro Narciso (CDS-PP), tinham como objetivo ser eleitos vereadores e aumentar o número de representantes nos vários órgãos autárquicos.

O candidato da CDU (PCP/PEV) à Câmara da Guarda nas eleições de domingo lamentou hoje que a coligação tenha perdido o deputado na Assembleia Municipal e o candidato do CDS-PP disse que o resultado obtido ficou “um pouco aquém” das expectativas.

Ambos os candidatos, Honorato Robalo (CDU) e Pedro Narciso (CDS-PP), tinham como objetivo ser eleitos vereadores e aumentar o número de representantes nos vários órgãos autárquicos.

No caso da CDU, a coligação perdeu votos relativamente ao ato eleitoral anterior e deixou de ter representatividade na Assembleia Municipal, onde detinha um eleito.

“Considero que foi um péssimo resultado, porque não conseguimos manter o eleito na Assembleia Municipal, apesar do esforço da nossa candidata Diana Santos”, disse Honorato Robalo à agência Lusa.

Segundo o candidato, com os resultados obtidos pela coligação, “a Guarda fica a perder”.

“Além de nós termos perdido em termos de participação política, em termos institucionais, a Guarda fica a perder, tendo em conta que nós fomos sempre uma força aliada à importância da participação popular no poder local democrático”, justificou.

Apesar de a CDU não ficar representada na nova Assembleia Municipal, a coligação não vai desistir “da defesa intransigente dos interesses das populações do concelho da Guarda”.

O CDS-PP, que possuía dois eleitos na Assembleia Municipal da Guarda, passou a ter apenas um, situação que é lamentada pelo cabeça de lista à Câmara, ao reconhecer que os resultados obtidos ficaram “um pouco aquém” das expectativas.

Pedro Narciso diz que para o resultado obtido haverá vários fatores, como o “estado nacional atual do CDS-PP” e “a polarização dos votos” entre os potenciais vencedores – Carlos Chaves Monteiro (PSD) e Sérgio Costa (independente) -, que terá “esvaziado as outras candidaturas”.

“Se as pessoas foram atrás dessa corrida entre os dois potenciais vencedores, obviamente que os nossos dois lugares na Assembleia Municipal e um na Assembleia de Freguesia [da Guarda] ficaram em causa e foram perdidos. Foi perdido um lugar na Assembleia de Freguesia e foi perdido também um lugar na Assembleia Municipal”, disse.

O movimento independente PG (Pela Guarda) venceu as eleições autárquicas de domingo, com 36,22% dos votos, conquistando a presidência ao PSD, segundo os dados do Ministério da Administração Interna (MAI).

Apurados os resultados nas 43 freguesias, o PG, cujo cabeça de lista é Sérgio Costa, obteve 36,22% dos votos, e três mandatos. O PSD perdeu a Câmara, a que presidia desde 2013, obtendo 33,68% dos votos e três mandatos. O PS obteve 17,98% dos votos e um mandato.

A Câmara da Guarda é atualmente presidida pelo social-democrata Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi eleito para o Parlamento Europeu.

O PG, com o cabeça de lista José Relva, também venceu as eleições para a Assembleia Municipal da Guarda.

Segundo os dados do MAI, o PG obteve 33,49% dos votos (16 mandatos), o PSD 31,44% (15), o PS 20,72% (10), o Chega 3,15% (1 mandato), o CDS-PP 2,82% (1), o BE 2,49% (1) e a CDU 1,80% (não elegeu representantes).


Conteúdo Recomendado