Autárquicas: Francisco Dias (Chega) defende revitalização da zona histórica da Guarda

Para o candidato do Chega, a zona histórica tem de ser transformada “numa zona residencial, de atração turística”, assim como no “coração da cidade”.

O cabeça de lista do Chega à Câmara da Guarda defendeu hoje a revitalização da zona histórica da sede do concelho, que está “completamente ao abandono”, e criticou a política de caça ao voto.

“Um dos principais objetivos é, de facto, a revitalização da zona histórica”, que está “completamente ao abandono”, afirmou à agência Lusa Francisco Dias, referindo tratar-se de “um desrespeito” pelos antepassados, raízes, costumes e tradições.

Para o candidato do Chega, a zona histórica tem de ser transformada “numa zona residencial, de atração turística”, assim como no “coração da cidade”.

Francisco Dias estendeu a necessidade de revitalização da zona histórica da Guarda a outras áreas históricas de aldeias circundantes.

“Todas as aldeias têm um núcleo histórico, que é o núcleo central da aldeia, e, portanto, também tem de ser cuidado, também tem de ser privilegiado”, declarou.

Segundo o candidato, “tudo isto se baseia numa frase que podem dizer que é banal”, mas que a repete frequentemente.

“O que se tem seguido na Guarda há 48 anos a esta parte é uma política de caça ao voto, ou seja, o candidato faz obras no sentido de tentar ganhar o mandato seguinte”, disse.

O cabeça de lista do Chega sustentou que “gerir uma zona histórica ou renová-la não dá votos a curto prazo e daí o seu abandono”.

“O que aconteceu foi que se deixou para trás políticas estruturantes, nomeadamente a recuperação do Hotel Turismo (…). E à zona histórica ninguém passou cartão porque não dá votos a curto prazo. São políticas estruturantes que só a médio e longo prazos é que poderão vir a tirar dividendos políticos”, salientou.

Para esta zona, Francisco Dias apontou que a sua revitalização “terá de passar uma majoração eventualmente do IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] daquelas pessoas que nem querem vender, nem querem reparar”, para que estudantes possam ali viver e “dar vida, tanto noturna como diurna”.

A Câmara da Guarda é presidida pelo PSD desde 2013, quando o partido ganhou as eleições com o candidato Álvaro Amaro, que repetiu a vitória em 2017.

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD obteve 61,20% dos votos e cinco mandatos autárquicos, e o PS obteve 23,35% e elegeu dois vereadores.

O município é presidido, desde abril de 2019, por Carlos Chaves Monteiro, que substituiu Álvaro Amaro quando este foi para o Parlamento Europeu.

Na Guarda, além de Francisco Dias, são candidatos à liderança do município, nas eleições de dia 26, Pedro Narciso (CDS-PP), Sérgio Costa (independente), Carlos Chaves Monteiro (PSD), Luís Couto (PS), Honorato Robalo (CDU) e Jorge Mendes (BE).


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