Governo diz que “tudo será feito” para proteger a Serra da Estrela

O secretário de Estado da Administração Interna assegurou esta sexta-feira, em Fornos de Algodres, que o dispositivo de combate aos incêndios no distrito da Guarda tudo fará para proteger a Serra da Estrela, as pessoas e os bens.

“A Serra da Estrela é um marco muito importante, não só em termos florestais, mas também em termos de turismo. E é evidente que tudo será feito para a proteger, como tudo faremos para proteger o Gerês, como tudo faremos para proteger outras áreas protegidas”, declarou Jorge Gomes à agência Lusa.

O governante falava em Fornos de Algodres, no distrito da Guarda, após a apresentação do Plano Operacional Distrital que suporta o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais do distrito para este verão.

“Nós vamos fazer tudo para proteger tudo: pessoas e bens e floresta. Depois, vamo-nos rendendo quando nos devemos render e vamos protegendo aquilo que deve ser mais protegido, que são as pessoas e os bens”, acrescentou o secretário de Estado da Administração Interna.

Na sessão de apresentação do dispositivo, que decorreu no Centro Cultural António Menano, em Fornos de Algodres, o comandante operacional distrital, António Fonseca, disse que durante a fase “Charlie”, a mais crítica, o dispositivo distrital de combate aos incêndios florestais vai contar com 604 elementos, 148 equipas e 136 viaturas.

Estarão também disponíveis no distrito três helicópteros (dois ligeiros de ataque e um médio) e dois aviões Canadair.

Segundo António Fonseca, os helicópteros ligeiros de ataque ficarão instalados na Guarda (a partir de 01 de junho) e em Seia (a partir de 01 de julho), enquanto o helicóptero de ataque médio ficará no concelho de Mêda (a partir de 15 de junho).

Os dois aviões ficarão instalados no aeródromo de Seia e a sua ativação está prevista para 15 de junho.

António Fonseca explicou ainda que a reserva distrital da Guarda inclui 1.250 bombeiros no quadro ativo e 540 veículos.

O comandante distrital disse à Lusa que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais “está estabilizado já há uns anos”.

“Os corpos de bombeiros estão a trabalhar na sua capacidade máxima e não podemos pensar que todos os anos está sempre a aumentar, a aumentar, a aumentar. O que é importante é que nós tenhamos a capacidade de manter esta capacidade de mobilização dos corpos de bombeiros”, declarou.

Disse que o distrito continua a ter a “mesma capacidade” de intervenção e que o dispositivo anual está a estabilizar.

“Estamos a estabilizar num dispositivo que é o adequado face aos recursos humanos e materiais que temos e se conseguirmos continuar a manter esta tendência de decréscimo das áreas ardidas de forma sistemática, será um dispositivo também adequado do ponto de vista operacional”, concluiu.

António Fonseca indicou que, este ano, foi dada maior visibilidade à formação dos elementos que fazem parte do dispositivo, com a participação de 222 operacionais em ações de treino.


Conteúdo Recomendado