Concurso público para obras na EN 230, em Seia, é lançado em setembro

A Infraestruturas de Portugal (IP) anunciou hoje que em setembro será lançado o concurso público para obras de reparação da Estrada Nacional (EN) 230, que serve a aldeia de Teixeira de Cima, no concelho de Seia, Guarda.

“Concluída, como está a fase de elaboração do projeto de execução, será lançado ainda no próximo mês de setembro o concurso público para a realização da empreitada de estabilização de taludes de aterro e plataforma rodoviária ao quilómetro 164 da EN 230, uma obra com um valor de investimento estimado em 500 mil euros”, refere a IP em nota hoje enviada à agência Lusa.

Os habitantes da aldeia de Teixeira de Cima exigiram hoje da empresa a reabertura daquela via que está cortada à circulação desde 2014 devido a uma derrocada.

Em comunicado, a IP explica que está a avaliar, em conjunto com a autarquia de Seia e enquanto decorrem os procedimentos necessários para a concretização da intervenção, a implementação de “medidas mitigadores dos transtornos que este corte de tráfego tem provocado junto das populações, nomeadamente a melhoria das vias alternativas existentes”.

No protesto realizado durante a manhã de hoje participaram “mais de 100 pessoas”, que numa “manifestação pacífica” exigiram a resolução imediata do problema, segundo Augusto Barbosa, representante dos habitantes daquela aldeia.

A ação foi promovida no momento em que elementos da IP tentavam fechar a via que, na segunda-feira, devido a um incêndio florestal, foi reaberta pela população para facilitar o combate e a fuga às chamas.

“A estrada está aberta, porque os populares não a deixam fechar. O que pretendemos é que seja tomada uma atitude e que seja definitivamente iniciado o arranjo desta estrada”, declarou o responsável à Lusa.

A IP reafirma na nota que o atual corte de trânsito tem como único objetivo “salvaguardar a segurança de pessoas e bens na utilização” do troço e que a recente utilização da via “deveu-se a uma situação pontual de emergência visando o combate a um incêndio”.

A interdição da estrada à circulação rodoviária, segundo a fonte, foi decidida após inspeções realizadas pelos técnicos que identificaram “vários locais de grande instabilidade do talude ao quilómetro 164 da EN 230” e “uma vez que não estavam garantidas as condições de segurança de pessoas e bens na sua utilização”.

Descreve ainda que de imediato desenvolveu os procedimentos, prospeção geológica, avaliação, elaboração de estudos e projetos para, “no mais curto espaço de tempo”, poder dar início aos trabalhos no terreno, de modo a repor as condições de circulação no local.

“Trata-se de uma intervenção de elevada complexidade técnica, que requer a demolição de um troço da estrada e a sua reconstrução num cenário geológico, geotécnico e hidráulico muito específico”, esclarece.


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